Déficit habitacional cresce na baixa renda, apura o Ipea
Em 2012, 73,6% do déficit apurado pelo Ipea era composto pela população que ganhava até três salários mínimos, um aumento de 4% em relação a 2007
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2013 às 13h18.
Brasília - Enquanto o déficit habitacional brasileiro caiu entre 2007 e 2012, passando de 5,59 milhões de domicílios para 5,24 milhões, mesmo com o aumento de moradias no período, o indicador avançou entre a população com faixa de renda mais pobre, de até três salários mínimos.
Essa é a conclusão de uma nota técnica divulgada nesta segunda-feira, 25, pelo Instituto de Política Econômica Aplicada ( Ipea ), que usou como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ( Pnad ) do ano passado.
Em 2012, 73,6% do déficit apurado pelo Ipea era composto pela população que ganhava até três salários mínimos, um aumento de 4% em relação a 2007, quando a participação era de 70,7%.
"Isto reitera que o déficit continua sendo majoritariamente dos domicílios que estão no estrato de renda mais baixo", argumenta o Instituto na nota, assinada pelos pesquisadores Vicente Correia Lima Neto, Bernardo Alves Furtado e Cleandro Krause.
Na direção contrária, a participação no total do déficit dos demais estratos econômicos diminuiu. Aqueles com renda entre três e cinco salários mínimos, por exemplo, representavam 13,1% do déficit há seis anos, proporção que passou para 11,6% no ano passado.
Já na faixa entre cinco e 10 salários mínimos a regressão foi de 10,4% em 2007 para 9,4% em 2012. Já o segmento com renda domiciliar acima de 10 salários mínimos viu a sua participação no déficit habitacional ser reduzida em cerca de 30% no período.
O Ipea usou quatro componentes para estimar o déficit habitacional brasileiro: habitação precária, coabitação familiar, ônus excessivo com aluguel e adensamento em domicílios locados.
A verificação de um desses componentes em uma moradia já é suficiente para entrar no cálculo do déficit.
Estados
O Ipea também atestou que o déficit habitacional no País é, em sua grande maioria (85% do total), urbano. À exceção do Acre, de Roraima, do Mato Grosso e Distrito Federal, houve a redução do déficit relativo ao total de domicílios nos demais estados do País.
No DF, por exemplo, o déficit relativo saltou de 12,8% do total de domicílios em 2007 para 13,6%, no ano passado.
Dono de 1,12 milhão de domicílios em situação de déficit, o maior do País em termos absolutos, o Estado de São Paulo registrou queda na comparação relativa do indicador.
A participação de domicílios considerados em déficit caiu de 8,8% do total em 2007 para 7,9% um ano atrás - redução porcentual de aproximadamente 10%.
Brasília - Enquanto o déficit habitacional brasileiro caiu entre 2007 e 2012, passando de 5,59 milhões de domicílios para 5,24 milhões, mesmo com o aumento de moradias no período, o indicador avançou entre a população com faixa de renda mais pobre, de até três salários mínimos.
Essa é a conclusão de uma nota técnica divulgada nesta segunda-feira, 25, pelo Instituto de Política Econômica Aplicada ( Ipea ), que usou como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ( Pnad ) do ano passado.
Em 2012, 73,6% do déficit apurado pelo Ipea era composto pela população que ganhava até três salários mínimos, um aumento de 4% em relação a 2007, quando a participação era de 70,7%.
"Isto reitera que o déficit continua sendo majoritariamente dos domicílios que estão no estrato de renda mais baixo", argumenta o Instituto na nota, assinada pelos pesquisadores Vicente Correia Lima Neto, Bernardo Alves Furtado e Cleandro Krause.
Na direção contrária, a participação no total do déficit dos demais estratos econômicos diminuiu. Aqueles com renda entre três e cinco salários mínimos, por exemplo, representavam 13,1% do déficit há seis anos, proporção que passou para 11,6% no ano passado.
Já na faixa entre cinco e 10 salários mínimos a regressão foi de 10,4% em 2007 para 9,4% em 2012. Já o segmento com renda domiciliar acima de 10 salários mínimos viu a sua participação no déficit habitacional ser reduzida em cerca de 30% no período.
O Ipea usou quatro componentes para estimar o déficit habitacional brasileiro: habitação precária, coabitação familiar, ônus excessivo com aluguel e adensamento em domicílios locados.
A verificação de um desses componentes em uma moradia já é suficiente para entrar no cálculo do déficit.
Estados
O Ipea também atestou que o déficit habitacional no País é, em sua grande maioria (85% do total), urbano. À exceção do Acre, de Roraima, do Mato Grosso e Distrito Federal, houve a redução do déficit relativo ao total de domicílios nos demais estados do País.
No DF, por exemplo, o déficit relativo saltou de 12,8% do total de domicílios em 2007 para 13,6%, no ano passado.
Dono de 1,12 milhão de domicílios em situação de déficit, o maior do País em termos absolutos, o Estado de São Paulo registrou queda na comparação relativa do indicador.
A participação de domicílios considerados em déficit caiu de 8,8% do total em 2007 para 7,9% um ano atrás - redução porcentual de aproximadamente 10%.