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Déficit em transações correntes cai 42,1% em março

No acumulado do ano até março, o déficit também está menor do que no primeiro trimestre de 2011

O investimento estrangeiro direto somou US$ 5,887 bilhões em março, queda de 13,3% em relação aos US$ 6,787 bilhões que ingressaram no País em março de 2011 (David Siqueira/Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 11h25.

Brasília - As contas externas brasileiras apresentaram em março déficit em transações correntes de US$ 3,320 bilhões, 42,1% menor que os US$ 5,737 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado. As informações foram divulgadas nesta terça-feira pelo Banco Central (BC).

No acumulado do ano até março, o déficit em transações correntes também está menor do que no primeiro trimestre de 2011. De janeiro a março, o déficit em transações correntes soma US$ 12,113 bilhões, 1,92% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses até março, o déficit em transações acumulado caiu para US$ 49,815 bilhões, o equivalente a 1,98% do PIB. Até fevereiro, o déficit em transações correntes acumulado em 12 meses estava em US$ 52,232 bilhões, ou 2,09% do PIB.

O investimento estrangeiro direto (IED) somou US$ 5,887 bilhões em março, queda de 13,3% em relação aos US$ 6,787 bilhões que ingressaram no País em março de 2011. No acumulado do primeiro trimestre de 2012, a entrada de IED alcança US$ 14,939 bilhões, também abaixo de US$ 17,535 bilhões observados em igual período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março, o fluxo de IED alcança US$ 64,064 bilhões, o equivalente a 2,55% do PIB - o porcentual é suficiente para cobrir o déficit de transações correntes, que correspondeu a 1,98% do PIB no mesmo período.

O BC também informou que foi registrado retorno de US$ 5,004 bilhões em Investimentos Brasileiros Direitos (IBD) em março. No primeiro trimestre deste ano, foi observado retorno de US$ 5,415 bilhões por essa via.

Remessa de lucros

As remessas de lucros e dividendos das empresas instaladas no Brasil para o exterior atingiram em março US$ 1,965 bilhão. O resultado mostra um recuo significativo das remessas de lucros e dividendos para o exterior em relação a março do ano passado, quando somaram US$ 3,716 bilhões. No acumulado do ano até março, as remessas de lucros e dividendos somam US$ 3,474 bilhões, mostrando também uma desaceleração forte das remessas em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando acumulavam uma saída de US$ 8,398 bilhões.

As despesas com os juros externos também estão mais baixas. Os dados do BC mostraram que os gastos com juros externos somaram em março US$ 443 milhões, ante US$ 794 milhões no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, as despesas com juros acumulam saldo de US$ 2,448 bilhões, ante US$ 2,833 bilhões no mesmo período do ano passado.

A taxa de rolagem dos empréstimos externos de médio e longo prazos atingiu 201% em março. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, a taxa de rolagem atingiu 232%.

Os dados do BC mostram que a taxa de rolagem de bônus, notes e commercial papers de empresas do setor privado foi de 241% em março, enquanto a de empréstimos diretos do setor privado ficou em 123%, no mês passado. No acumulado do ano, a taxa de rolagem de bônus, notes e commercial papers no setor privado é de 234%, e a de empréstimos diretos, 142%.


Mercado de capitais

O investimento estrangeiro em ações brasileiras registrou, em março, aumento líquido de US$ 131 milhões. O movimento aconteceu exclusivamente com as ações negociadas no país, cuja posição estrangeira subiu em US$ 144 milhões.

Já os negócios com recibos de ações brasileiras negociados no exterior, como as ADRs, acumularam saída de US$ 13 milhões no mês passado. No acumulado do primeiro trimestre de 2012, os estrangeiros elevaram investimentos em ações brasileiras em US$ 5,193 bilhões, sendo que a totalidade destes recursos foi aplicada no mercado brasileiro, já que neste segmento a posição externa cresceu em US$ 5,229 bilhões. Os recibos negociados no exterior tiveram saída líquida estrangeira de US$ 35 milhões no trimestre.

O BC também informou que investidores estrangeiros aumentaram suas aplicações em títulos de renda fixa brasileiros em US$ 1,269 bilhão em março. Sendo que US$ 334 milhões foram alocados em títulos negociados no mercado doméstico e em US$ 935 milhões foram destinados aos papéis transacionados no exterior. No acumulado do ano, o investimento estrangeiro em renda fixa brasileira cresceu US$ 2,284 bilhões, sendo US$ 639 milhões em títulos emitidos no Brasil e US$ 1,645 bilhão em papéis negociados no exterior.

Dívida externa

O BC informou que a estimativa da dívida externa total do Brasil ficou em US$ 299,562 bilhões em março. O valor é superior à última posição consolidado de dezembro de 2011, quando a dívida externa somava US$ 298,204 bilhões.

Segundo o BC, a maior parte da dívida externa brasileira segue tendo características de longo prazo, já que papéis com essa denominação US$ 262,785 bilhões. Já os compromissos de curto prazo correspondem a US$ 36,777 bilhões.

A dívida externa brasileira estimada é menor que o total das reservas internacionais, que somavam US$ 365,216 bilhões em 31 de março. Por isso, o Brasil é credor líquido internacional.

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Brasília - As contas externas brasileiras apresentaram em março déficit em transações correntes de US$ 3,320 bilhões, 42,1% menor que os US$ 5,737 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado. As informações foram divulgadas nesta terça-feira pelo Banco Central (BC).

No acumulado do ano até março, o déficit em transações correntes também está menor do que no primeiro trimestre de 2011. De janeiro a março, o déficit em transações correntes soma US$ 12,113 bilhões, 1,92% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses até março, o déficit em transações acumulado caiu para US$ 49,815 bilhões, o equivalente a 1,98% do PIB. Até fevereiro, o déficit em transações correntes acumulado em 12 meses estava em US$ 52,232 bilhões, ou 2,09% do PIB.

O investimento estrangeiro direto (IED) somou US$ 5,887 bilhões em março, queda de 13,3% em relação aos US$ 6,787 bilhões que ingressaram no País em março de 2011. No acumulado do primeiro trimestre de 2012, a entrada de IED alcança US$ 14,939 bilhões, também abaixo de US$ 17,535 bilhões observados em igual período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março, o fluxo de IED alcança US$ 64,064 bilhões, o equivalente a 2,55% do PIB - o porcentual é suficiente para cobrir o déficit de transações correntes, que correspondeu a 1,98% do PIB no mesmo período.

O BC também informou que foi registrado retorno de US$ 5,004 bilhões em Investimentos Brasileiros Direitos (IBD) em março. No primeiro trimestre deste ano, foi observado retorno de US$ 5,415 bilhões por essa via.

Remessa de lucros

As remessas de lucros e dividendos das empresas instaladas no Brasil para o exterior atingiram em março US$ 1,965 bilhão. O resultado mostra um recuo significativo das remessas de lucros e dividendos para o exterior em relação a março do ano passado, quando somaram US$ 3,716 bilhões. No acumulado do ano até março, as remessas de lucros e dividendos somam US$ 3,474 bilhões, mostrando também uma desaceleração forte das remessas em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando acumulavam uma saída de US$ 8,398 bilhões.

As despesas com os juros externos também estão mais baixas. Os dados do BC mostraram que os gastos com juros externos somaram em março US$ 443 milhões, ante US$ 794 milhões no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, as despesas com juros acumulam saldo de US$ 2,448 bilhões, ante US$ 2,833 bilhões no mesmo período do ano passado.

A taxa de rolagem dos empréstimos externos de médio e longo prazos atingiu 201% em março. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, a taxa de rolagem atingiu 232%.

Os dados do BC mostram que a taxa de rolagem de bônus, notes e commercial papers de empresas do setor privado foi de 241% em março, enquanto a de empréstimos diretos do setor privado ficou em 123%, no mês passado. No acumulado do ano, a taxa de rolagem de bônus, notes e commercial papers no setor privado é de 234%, e a de empréstimos diretos, 142%.


Mercado de capitais

O investimento estrangeiro em ações brasileiras registrou, em março, aumento líquido de US$ 131 milhões. O movimento aconteceu exclusivamente com as ações negociadas no país, cuja posição estrangeira subiu em US$ 144 milhões.

Já os negócios com recibos de ações brasileiras negociados no exterior, como as ADRs, acumularam saída de US$ 13 milhões no mês passado. No acumulado do primeiro trimestre de 2012, os estrangeiros elevaram investimentos em ações brasileiras em US$ 5,193 bilhões, sendo que a totalidade destes recursos foi aplicada no mercado brasileiro, já que neste segmento a posição externa cresceu em US$ 5,229 bilhões. Os recibos negociados no exterior tiveram saída líquida estrangeira de US$ 35 milhões no trimestre.

O BC também informou que investidores estrangeiros aumentaram suas aplicações em títulos de renda fixa brasileiros em US$ 1,269 bilhão em março. Sendo que US$ 334 milhões foram alocados em títulos negociados no mercado doméstico e em US$ 935 milhões foram destinados aos papéis transacionados no exterior. No acumulado do ano, o investimento estrangeiro em renda fixa brasileira cresceu US$ 2,284 bilhões, sendo US$ 639 milhões em títulos emitidos no Brasil e US$ 1,645 bilhão em papéis negociados no exterior.

Dívida externa

O BC informou que a estimativa da dívida externa total do Brasil ficou em US$ 299,562 bilhões em março. O valor é superior à última posição consolidado de dezembro de 2011, quando a dívida externa somava US$ 298,204 bilhões.

Segundo o BC, a maior parte da dívida externa brasileira segue tendo características de longo prazo, já que papéis com essa denominação US$ 262,785 bilhões. Já os compromissos de curto prazo correspondem a US$ 36,777 bilhões.

A dívida externa brasileira estimada é menor que o total das reservas internacionais, que somavam US$ 365,216 bilhões em 31 de março. Por isso, o Brasil é credor líquido internacional.

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