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Déficit comercial tem pior novembro da série histórica

Balança comercial registrou déficit de 2,350 bilhões de dólares no mês passado, no pior resultado para meses de novembro desde 1994

Exportações e importações: resultado veio um pouco melhor que o esperado (Robyn Beck/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 15h05.

Brasília - A balança comercial registrou déficit de 2,350 bilhões de dólares no mês passado, no pior resultado para meses de novembro da série histórica, iniciada em 1994, influenciada por queda generalizada das exportações e com forte recuo nas vendas ao exterior de minério de ferro, petróleo , veículos, soja e derivados.

O resultado veio um pouco melhor que o esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de déficit de 2,7 bilhões de dólares.

Em outubro, a balança comercial havia registrado déficit de 1,177 bilhão de dólares.

No mês passado, conforme dados apresentados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações somaram 15,646 bilhões de dólares, com queda de 25 por cento pela média diária das operações em relação a novembro de 2013.

Pesou nesse resultado a retração nas vendas das três categorias de produtos: básicos, manufaturados e semimanufaturados. Entre itens básicos de mais relevância, caíram as exportações de minério de ferro (-47,5 por cento), petróleo em bruto (-12,6 por cento), farelo de soja (-34,3 por cento) e soja em grão (-76,6 por cento). Entre os manufaturados, destacam-se as retrações em veículos de carga (-46,8 por cento) e automóveis de passageiros (-39,8 por cento). Entre os semimanufaturados, alguns dos maiores recuos foram de ferro fundido (-41 por cento) e açúcar em bruto (-11,9 por cento).

No ano, as exportações estão em 207,611 bilhões de dólares, 5,7 por cento menores em relação a igual período do ano anterior pela média diária das operações.

Já as importações ficaram em 17,996 bilhões de dólares, com retração de 5,9 por cento pela média diária em relação a novembro de 2013, num desempenho influenciado por queda nas compras ao exterior de bens de consumo, matéria-primas e bens de capital.

No acumulado de janeiro a novembro, as importações estão em 211,832 bilhões de dólares, 3,9 por cento abaixo do verificado em igual período do ano anterior.

No ano, a balança comercial registra déficit de 4,221 bilhões de dólares.

A balança se aproxima do fim de 2014 com resultado ruim, afetada pela queda de preço de importantes commodities da pauta brasileira de exportações, a exemplo do minério de ferro, pelo enfraquecimento do comércio bilateral com a Argentina, principal comprador de produtos manufaturados brasileiros, e pelo ainda elevado déficit na conta de petróleo.

Com esse desempenho, a balança se tornou um dos principais fatores de deterioração das contas externas do país, que de janeiro a outubro mostrou déficit em transações correntes de 70,697 bilhões de dólares.

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Brasília - A balança comercial registrou déficit de 2,350 bilhões de dólares no mês passado, no pior resultado para meses de novembro da série histórica, iniciada em 1994, influenciada por queda generalizada das exportações e com forte recuo nas vendas ao exterior de minério de ferro, petróleo , veículos, soja e derivados.

O resultado veio um pouco melhor que o esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de déficit de 2,7 bilhões de dólares.

Em outubro, a balança comercial havia registrado déficit de 1,177 bilhão de dólares.

No mês passado, conforme dados apresentados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações somaram 15,646 bilhões de dólares, com queda de 25 por cento pela média diária das operações em relação a novembro de 2013.

Pesou nesse resultado a retração nas vendas das três categorias de produtos: básicos, manufaturados e semimanufaturados. Entre itens básicos de mais relevância, caíram as exportações de minério de ferro (-47,5 por cento), petróleo em bruto (-12,6 por cento), farelo de soja (-34,3 por cento) e soja em grão (-76,6 por cento). Entre os manufaturados, destacam-se as retrações em veículos de carga (-46,8 por cento) e automóveis de passageiros (-39,8 por cento). Entre os semimanufaturados, alguns dos maiores recuos foram de ferro fundido (-41 por cento) e açúcar em bruto (-11,9 por cento).

No ano, as exportações estão em 207,611 bilhões de dólares, 5,7 por cento menores em relação a igual período do ano anterior pela média diária das operações.

Já as importações ficaram em 17,996 bilhões de dólares, com retração de 5,9 por cento pela média diária em relação a novembro de 2013, num desempenho influenciado por queda nas compras ao exterior de bens de consumo, matéria-primas e bens de capital.

No acumulado de janeiro a novembro, as importações estão em 211,832 bilhões de dólares, 3,9 por cento abaixo do verificado em igual período do ano anterior.

No ano, a balança comercial registra déficit de 4,221 bilhões de dólares.

A balança se aproxima do fim de 2014 com resultado ruim, afetada pela queda de preço de importantes commodities da pauta brasileira de exportações, a exemplo do minério de ferro, pelo enfraquecimento do comércio bilateral com a Argentina, principal comprador de produtos manufaturados brasileiros, e pelo ainda elevado déficit na conta de petróleo.

Com esse desempenho, a balança se tornou um dos principais fatores de deterioração das contas externas do país, que de janeiro a outubro mostrou déficit em transações correntes de 70,697 bilhões de dólares.

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