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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h37.
A decisão do Federal Reserve, o banco central americano, de reduzir a taxa básica de juros nos Estados Unidos de 5,25% para 4,75% afastou o temor de que a crise imobiliária contamine outros setores, na opinião do economista Maílson da Nóbrega, sócio da Tendências Consultoria e ex-ministro da Fazenda.
"O fantasma que rondava os mercados, de uma desaceleração brusca e forte da economia americana, vai sair do cenário. Ninguém duvida que os Estados Unidos sofrerão uma desaceleração, puxada pelo mercado de imóveis, mas o que o Fed tentou evitar é que isso se torne uma crise mais grave e desnecessária", afirma Maílson.
Para o ex-ministro, a decisão foi "melhor do que o esperado" para o setor produtivo, uma vez que a maioria das analistas apostava numa queda de 0,25% na taxa de juros, mas não deve trazer conseqüências negativas sobre o índice de inflação americano.
"O Fed certamente avalia que a própria redução do ritmo de crescimento se encarregará de diminuir a pressão inflacionária", opina.
Quanto às conseqüências para o Brasil, Maílson diz que a medida ajuda a tranqüilizar o risco da turbulência para o país.
"Embora o Brasil tenha se mantido forte mesmo diante desse teste da crise imobiliária, não está imune aos efeitos de uma desaceleração mundial, por isso, à medida que se distancia o risco de uma redução mais forte do nível econômico, também o Brasil fica mais protegido", acredita.