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Cristina Kirchner defende sucesso econômico do Mercosul

A governante falou diante dos presidentes do bloco e dos representantes dos países associados durante a 45ª Cúpula do Mercosul

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 18h16.

Montevidéu - A presidente argentina, Cristina Kirchner , defendeu nesta sexta-feira o sucesso econômico do Mercosul conseguido durante os últimos anos e as melhorias que representou para os povos da região frente aos críticos da organização "e aqueles que pedem outras políticas de integração".

A governante falou diante dos presidentes do bloco e dos representantes dos países associados durante a 45ª Cúpula do Mercosul que, sem contar os valores "emocionais" e "políticos", o progresso econômico dos países da região serve para defender o bloco como um organismo de integração.

Cristina lembrou que durante o ápice do "neoliberalismo" e no momento da crise econômica de 2002, a renda per capita da região era menos da metade da renda mundial e agora é superior por uma margem de quase mil dólares.

"Esses números significam na vida cotidiana da sociedade a inclusão social de milhões de compatriotas, que não tinham trabalho, educação e saúde, de milhões de idosos sem cobertura, de cientistas que deixavam seus países, de jovens que não podiam entrar nas universidades porque não tinham os meios", acrescentou.

Cristina reconheceu, em linha com o discurso do presidente do Uruguai José Mujica, que o Mercosul pode não ser "o melhor", mas que é "o único instrumento" que existe para garantir esse sucesso na "unidade e na integração".

Nesse sentido, se referiu à existência de outras propostas para a integração econômica regional, que qualificou como "o canto das sereias", que na realidade buscam "separar e dividir" à região.


Assim, alertou contra os perigos que representam as intenções dos países industrializados de que os países do Mercosul se concentrem na exportação de produtos primários, negando "o valor agregado" que significaria a industrialização da região.

A presidente argentina pediu que sejam aproveitados os recursos energéticos que a recente incorporação da Venezuela representa para o bloco para impulsionar e complementar suas economias, "somando e multiplicando esforços".

"Devemos solucionar a equação energética, porque, alimentos, energia e tecnologia são as três chaves do desenvolvimento mundial e não podemos desperdiçar essa oportunidade", disse.

Cristina também se referiu à crise com a Europa pelo caso do avião do presidente boliviano, Evo Morales, que foi obrigado a aterrissar no dia 2 de julho em Viena, onde ficou retido durante 13 horas devido às suspeitas de que a bordo estava o ex-técnico da CIA Edward Snowden.

Por essa situação, o Mercosul decidiu hoje mesmo pedir consultas aos seus embaixadores na França, Portugal, Espanha e Itália e emitiu uma dura nota de condenação.

"As resoluções de hoje não têm nada a ver com a Bolívia, mas com a dignidade de nossos países e povos. Que ninguém se equivoque, não é uma defesa do presidente e do povo da Bolívia, mas poderia ter acontecido com qualquer um de nós", disse.

Em tom de piada, disse que ela mesma poderia ser vítima de uma retenção a pedido de algum fundo "abutre", como aconteceu com o navio-escola da Armada argentina "Libertad" em Gana, mas destacou que "a devolveriam em seguida".

O Paraguai, suspenso da associação até o próximo dia 15 de agosto, não teve nenhum representante na reunião.

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Montevidéu - A presidente argentina, Cristina Kirchner , defendeu nesta sexta-feira o sucesso econômico do Mercosul conseguido durante os últimos anos e as melhorias que representou para os povos da região frente aos críticos da organização "e aqueles que pedem outras políticas de integração".

A governante falou diante dos presidentes do bloco e dos representantes dos países associados durante a 45ª Cúpula do Mercosul que, sem contar os valores "emocionais" e "políticos", o progresso econômico dos países da região serve para defender o bloco como um organismo de integração.

Cristina lembrou que durante o ápice do "neoliberalismo" e no momento da crise econômica de 2002, a renda per capita da região era menos da metade da renda mundial e agora é superior por uma margem de quase mil dólares.

"Esses números significam na vida cotidiana da sociedade a inclusão social de milhões de compatriotas, que não tinham trabalho, educação e saúde, de milhões de idosos sem cobertura, de cientistas que deixavam seus países, de jovens que não podiam entrar nas universidades porque não tinham os meios", acrescentou.

Cristina reconheceu, em linha com o discurso do presidente do Uruguai José Mujica, que o Mercosul pode não ser "o melhor", mas que é "o único instrumento" que existe para garantir esse sucesso na "unidade e na integração".

Nesse sentido, se referiu à existência de outras propostas para a integração econômica regional, que qualificou como "o canto das sereias", que na realidade buscam "separar e dividir" à região.


Assim, alertou contra os perigos que representam as intenções dos países industrializados de que os países do Mercosul se concentrem na exportação de produtos primários, negando "o valor agregado" que significaria a industrialização da região.

A presidente argentina pediu que sejam aproveitados os recursos energéticos que a recente incorporação da Venezuela representa para o bloco para impulsionar e complementar suas economias, "somando e multiplicando esforços".

"Devemos solucionar a equação energética, porque, alimentos, energia e tecnologia são as três chaves do desenvolvimento mundial e não podemos desperdiçar essa oportunidade", disse.

Cristina também se referiu à crise com a Europa pelo caso do avião do presidente boliviano, Evo Morales, que foi obrigado a aterrissar no dia 2 de julho em Viena, onde ficou retido durante 13 horas devido às suspeitas de que a bordo estava o ex-técnico da CIA Edward Snowden.

Por essa situação, o Mercosul decidiu hoje mesmo pedir consultas aos seus embaixadores na França, Portugal, Espanha e Itália e emitiu uma dura nota de condenação.

"As resoluções de hoje não têm nada a ver com a Bolívia, mas com a dignidade de nossos países e povos. Que ninguém se equivoque, não é uma defesa do presidente e do povo da Bolívia, mas poderia ter acontecido com qualquer um de nós", disse.

Em tom de piada, disse que ela mesma poderia ser vítima de uma retenção a pedido de algum fundo "abutre", como aconteceu com o navio-escola da Armada argentina "Libertad" em Gana, mas destacou que "a devolveriam em seguida".

O Paraguai, suspenso da associação até o próximo dia 15 de agosto, não teve nenhum representante na reunião.

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