Economia

Crise e caso Petrobras afetam fusões na América Latina

Estudo mostra que a crise política e o escândalo de corrupção na estatal afetam processo de fusões e aquisições na América Latina


	Logotipo da Petrobras visto em refinaria em Cubatão
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Logotipo da Petrobras visto em refinaria em Cubatão (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 23h03.

São Paulo - A crise política no Brasil e o gigantesco escândalo de corrupção na Petrobras afetam o processo de fusões e aquisições de empresas na América Latina, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira em São Paulo.

O relatório da empresa de consultoria Intralinks sobre tendências e previsões para níveis de atividades futuras em fusões e aquisições prevê um recorde global em 2015, com um crescimento de 8% no segundo semestre e de 11% para este ano, ambos em comparação com os mesmos períodos de 2014.

Na América Latina, apesar de um incremento após uma inatividade desde o final de 2013, o crescimento de fusões e aquisições em fase inicial foi de 0,5% no primeiro semestre deste ano e as previsões não dão sinais de avanço em curto prazo.

"Por ser a principal economia da região, o Brasil afeta substancialmente os resultados da América Latina", comentou Claudio Yamashita, diretor-geral da Intralinks Brasil.

Yashimata apontou que a América Latina "já sofre com os preços baixos das matérias-primas e a alta cotação do dólar e as atuais crises econômica e política brasileiras, somadas ao escândalo de Petrobras, só servem para agravar o descrédito e impactar as atividades de fusões e aquisições".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento econômico na América Latina não deve passar de 1% em 2015 e dar sinais de recuperação em 2016, com exceções em países como Chile, México e Peru, que superam a média na região.

A região no mundo com maior crescimento de fusões e aquisições em 2015, segundo o estudo, será a da Ásia-Pacífico com um avanço de 16%, seguida da América do Norte, Europa, Oriente Médio e África, todas com 10% de aumento. 

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