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Crescimento dos EUA dará apoio à recuperação, diz Moody's

Segundo a agência, crescimento da economia dos Estados Unidos em 2015 dará apoio à recuperação gradual da economia mundial

Fábrica em Chicago: Moody's disse ainda que a expansão do PIB mundial deve continuar em ritmo constante em 2015 (Arquivo/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 19h10.

O crescimento da economia dos Estados Unidos em 2015 dará apoio à recuperação gradual da economia mundial, avaliou a empresa de classificação de risco Moody's, nesta terça-feira, em relatório sobre as perspectivas para o crédito soberano.

A agência ressaltou, contudo, a necessidade de países promoverem reformas estruturais para garantir o crescimento de médio prazo, e citou especificamente a situação fiscal brasileira.

Em seu relatório "2015 Outlook: Global Sovereigns", a Moody's projetou crescimento do Produto Interno Bruto dos EUA em cerca de 3 por cento em 2015.

"Embora a perspectiva de crédito para dívida soberana em todo o mundo é estável para 2015, é vulnerável a um conjunto de riscos compartilhados, embora em graus diferentes em diferentes regiões", disse Alastair Wilson, chefe do Global Sovereign Group Risk da Moody's.

Entre os principais riscos a Moody's citou a possibilidade de choques de confiança a partir do aumento esperado das taxas de juros dos EUA, especialmente no caso de uma reação desordenada do mercado, e o impacto de um crescimento menor na China e na zona do euro.

Em relação à América Latina, a Moody's acredita que os países da região estejam "razoavelmente bem posicionados para enfrentar qualquer volatilidade" decorrente da alta das taxas de juros nos Estados Unidos, esperada para meados do próximo ano.

A Moody's também avalia que os países da América Latina têm vulnerabilidade limitada a uma potencial desaceleração maior que a esperada do crescimento da China, uma vez que as exportações dos países latino-americanos para o gigante asiático são limitadas a apenas 2 por cento do PIB da região, de acordo com dados de 2013.

No entanto, alguns países da América Latina são mais expostos a uma desaceleração do crescimento chinês, devido às exportações de commodities. Entre eles, estão o Chile, onde as vendas para a China respondem por 6,9 por cento do PIB, Venezuela, onde o peso é de 3,8 por cento, Peru , com 3,5 por cento, e Brasil, onde as vendas para o país asiático representam 2,1 por cento do PIB.

A Moody's disse ainda que a expansão do PIB mundial deve continuar em ritmo constante em 2015, mas em níveis menores do que antes da crise.

O relatório cita ainda a necessidade de reformas estruturais em países para garantir o crescimento de médio prazo e trazer confiança aos mercados. Como exemplo, a agência de classificação de risco diz que a posição fiscal do Brasil só vai melhorar significativamente se o governo implementar reformas fundamentais.

"Enquanto países da América Latina, como o México implementaram reformas de grande alcance, a posição fiscal do Brasil só irá melhorar significativamente se o governo implementa reformas fundamentais" disse a agência de rating.

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O crescimento da economia dos Estados Unidos em 2015 dará apoio à recuperação gradual da economia mundial, avaliou a empresa de classificação de risco Moody's, nesta terça-feira, em relatório sobre as perspectivas para o crédito soberano.

A agência ressaltou, contudo, a necessidade de países promoverem reformas estruturais para garantir o crescimento de médio prazo, e citou especificamente a situação fiscal brasileira.

Em seu relatório "2015 Outlook: Global Sovereigns", a Moody's projetou crescimento do Produto Interno Bruto dos EUA em cerca de 3 por cento em 2015.

"Embora a perspectiva de crédito para dívida soberana em todo o mundo é estável para 2015, é vulnerável a um conjunto de riscos compartilhados, embora em graus diferentes em diferentes regiões", disse Alastair Wilson, chefe do Global Sovereign Group Risk da Moody's.

Entre os principais riscos a Moody's citou a possibilidade de choques de confiança a partir do aumento esperado das taxas de juros dos EUA, especialmente no caso de uma reação desordenada do mercado, e o impacto de um crescimento menor na China e na zona do euro.

Em relação à América Latina, a Moody's acredita que os países da região estejam "razoavelmente bem posicionados para enfrentar qualquer volatilidade" decorrente da alta das taxas de juros nos Estados Unidos, esperada para meados do próximo ano.

A Moody's também avalia que os países da América Latina têm vulnerabilidade limitada a uma potencial desaceleração maior que a esperada do crescimento da China, uma vez que as exportações dos países latino-americanos para o gigante asiático são limitadas a apenas 2 por cento do PIB da região, de acordo com dados de 2013.

No entanto, alguns países da América Latina são mais expostos a uma desaceleração do crescimento chinês, devido às exportações de commodities. Entre eles, estão o Chile, onde as vendas para a China respondem por 6,9 por cento do PIB, Venezuela, onde o peso é de 3,8 por cento, Peru , com 3,5 por cento, e Brasil, onde as vendas para o país asiático representam 2,1 por cento do PIB.

A Moody's disse ainda que a expansão do PIB mundial deve continuar em ritmo constante em 2015, mas em níveis menores do que antes da crise.

O relatório cita ainda a necessidade de reformas estruturais em países para garantir o crescimento de médio prazo e trazer confiança aos mercados. Como exemplo, a agência de classificação de risco diz que a posição fiscal do Brasil só vai melhorar significativamente se o governo implementar reformas fundamentais.

"Enquanto países da América Latina, como o México implementaram reformas de grande alcance, a posição fiscal do Brasil só irá melhorar significativamente se o governo implementa reformas fundamentais" disse a agência de rating.

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