Cresce pressão por aumento de lucratividade
Os acionistas estrangeiros não estão para brincadeiras. Pressionam cada vez mais por resultados de curto prazo. Uma das vítimas recentes desse processo é o executivo Antonio Werneck, substituído no comando das operações na América Latina da anglo-holandesa Reckitt Benckiser pelo alemão Winfried Hopf. Desde os eventos de 11 de setembro, o foco das multinacionais foi […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.
Os acionistas estrangeiros não estão para brincadeiras. Pressionam cada vez mais por resultados de curto prazo. Uma das vítimas recentes desse processo é o executivo Antonio Werneck, substituído no comando das operações na América Latina da anglo-holandesa Reckitt Benckiser pelo alemão Winfried Hopf. Desde os eventos de 11 de setembro, o foco das multinacionais foi deslocado do crescimento para
a lucratividade , diz Werneck. A aversão ao risco ficou acentuada.
Responsável por um plano estratégico que resultou na modernização das marcas da companhia no Brasil e na América Latina, Werneck enfrentou dificuldades ao negociar metas com a matriz. Virou uma conversa de louco , afirma ele. Por um lado, passei a ser cobrado por aumento de vendas e lucro em dólares. Mas a desvalorização cambial no Brasil e na Argentina tornou as metas inatingíveis.
Medido em libras, o lucro operacional na região caiu 40% no ano passado. Na gestão de Werneck, investimentos contínuos em marketing e publicidade garantiram aumento de participação de mercado de sete das nove categorias de produtos de limpeza, desde 1999. Na época, 7% da receita vinha de produtos com dois anos de vida. Em 2001, já eram 17%.
Os acionistas estrangeiros não estão para brincadeiras. Pressionam cada vez mais por resultados de curto prazo. Uma das vítimas recentes desse processo é o executivo Antonio Werneck, substituído no comando das operações na América Latina da anglo-holandesa Reckitt Benckiser pelo alemão Winfried Hopf. Desde os eventos de 11 de setembro, o foco das multinacionais foi deslocado do crescimento para
a lucratividade , diz Werneck. A aversão ao risco ficou acentuada.
Responsável por um plano estratégico que resultou na modernização das marcas da companhia no Brasil e na América Latina, Werneck enfrentou dificuldades ao negociar metas com a matriz. Virou uma conversa de louco , afirma ele. Por um lado, passei a ser cobrado por aumento de vendas e lucro em dólares. Mas a desvalorização cambial no Brasil e na Argentina tornou as metas inatingíveis.
Medido em libras, o lucro operacional na região caiu 40% no ano passado. Na gestão de Werneck, investimentos contínuos em marketing e publicidade garantiram aumento de participação de mercado de sete das nove categorias de produtos de limpeza, desde 1999. Na época, 7% da receita vinha de produtos com dois anos de vida. Em 2001, já eram 17%.