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Cresce chance de teto de gasto e regra de ouro serem descumpridos, diz IFI

Diretor da Instituição Fiscal Independente disse que há margem de apenas R$ 9 bi para serem ajustados em nome das duas regras no orçamento do próximo ano

Teto de gasto e regra de ouro: desafio do próximo governo será ainda maior, pois gastos com o subsídio ao diesel teriam de ficar dentro do limite caso sejam repetidos em 2019 (iStock/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de junho de 2018 às 16h43.

Rio - Aumentaram as chances de o próximo governo, a ser eleito no pleito de outubro, ver o teto constitucional para os gastos públicos ser rompido e a regra de ouro, descumprida, afirmou nesta quinta-feira o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, Felipe Salto.

Nas contas do especialista, há uma margem de apenas R$ 9 bilhões para serem ajustados em nome das duas regras no orçamento do próximo ano, disse em palestra no Rio.

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Em março, os cálculos apontavam que essa margem poderia ficar em R$ 19 bilhões, como divulgou a IFI à época.

O cálculo considera que o funcionamento dos ministérios demanda em torno de R$ 80 bilhões, dentro de R$ 89 bilhões dos gastos discricionários que poderiam de fato ser cortados. Como o funcionamento mínimo dos ministérios (gastos com luz, insumos básicos, etc.) na prática é difícil de cortar, restam os R$ 9 bilhões.

O desafio do próximo governo será ainda maior, pois os gastos com o subsídio ao diesel , que este ano não entram no teto de gastos por serem crédito extraordinário, teriam de ficar dentro do limite caso sejam repetidos em 2019.

Salto citou na palestra que o efeito líquido do subsídio ao diesel no resultado primário ficará entre R$ 7 bilhões e R$ 7,5 bilhões este ano.

"Resta saber o que o presidente vai fazer diante da iminente rompimento do teto", afirmou Salto, na palestra durante seminário sobre política fiscal, promovido pelo Banco Mundial e pela EPGE, a escola de economia e finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio.

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