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Cremerj pedirá fim de emergência do Hospital Salgado Filho

O conselho decretou a falta de leitos e de profissionais no local

Médico em hospital: segundo o corpo clínico, a emergência ficou sobrecarregada após a desativação de 12 leitos pela falta de profissionais da saúde (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 13h52.

São Paulo - Após detectar a falta de leitos e de profissionais no Hospital Municipal Salgado Filho, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) vai pedir ao secretário municipal de saúde Hans Dohmann que a emergência da unidade seja fechada enquanto o problema não for resolvido.

Em reunião na segunda-feira, 25, com membros do corpo clínico do hospital, os médicos apontaram que o posto sofre com a superlotação, a falta de recursos humanos, os salários baixos e condições ruins de trabalho.

Em visita à unidade, o Cremerj constatou que, na sala de repouso, havia 31 pacientes masculinos para sete leitos, e 20 femininos para outros sete. A Unidade de Pacientes Graves também estava fechada. No espaço, passou a funcionar uma sala onde 26 pacientes graves eram atendidos por apenas um clínico de plantão.

Segundo o corpo clínico, a emergência ficou sobrecarregada após a desativação de 12 leitos pela falta de médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Referência no serviço de neurocirurgia, o Salgado Filho chegou a ter 20 neurocirurgiões, mas, atualmente, tem somente oito.

Ao secretário, o conselho vai propor, além do fechamento temporário, a contratação de profissionais de todas as especialidades e a compra de leitos adicionais.

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O presidente do Cremerj, Sidnei Ferreira, lembrou que o Conselho já denunciava o sucateamento do Salgado Filho. “Denunciamos essa situação para o Ministério Público, Delegacia do Consumidor e outros órgãos. Os médicos não podem ser responsabilizados por esse descaso e a população merece um atendimento de qualidade”, afirmou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que está aberta a receber e debater propostas que visem à melhoria da rede de atenção, mas não vai aceitar medidas arbitrárias que prejudiquem o atendimento à população, como o fechamento da emergência do hospital .

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