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Credores chegam à Grécia para concluir novo plano de resgate

Com os cofres vazios, Grécia espera receber ajuda de mais de 3 bilhões de euros

Euclides Tsakalotos, ministro de Finanças da Grécia (Eric Vidal/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2015 às 15h53.

A Grécia recebeu nesta segunda-feira os representantes de seus credores, com os quais começará a negociar em três semanas um terceiro plano de resgate para o país.

A relação entre as duas partes é tensa, e a prova disso é que elas não estão de acordo sobre quando as negociações irão começar.

Nesta segunda-feira, o governo grego disse que as discussões começariam na terça-feira, com as equipes técnicas dos credores, enquanto que, em Bruxelas, uma porta-voz da Comissão disse que os representantes dariam início aos trabalhos imediatamente.

De qualquer forma, o tempo pressiona Atenas e seus credores- a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) e o Banco Central Europeu ( BCE ). Até o dia 20 de agosto, eles devem fechar o terceiro plano de resgate, estimado entre 82 e 86 bilhões de euros, conforme foi acordado na cúpula europeia dos dias 12 e 13 de julho.

Com os cofres vazios, a Grécia espera receber antes dessa data um primeiro pagamento de mais de 3 bilhões de euros ao BCE em 20 de agosto.

Isso implica definir em apenas três semanas as reformas prioritárias a serem executadas, fixar o calendário de pagamentos, encontrar um acordo sobre os objetivos fiscais da Grécia, obter a aprovação das três instituições credoras e de vários parlamentos que devem se pronunciar, além de submeter ao parlamento grego as decisões adotadas.

Trata-se de um desafio, a começar pelas difíceis negociações entre os credores e o governo de esquerda grego, no poder desde o final de janeiro.

Até agora, nenhuma das partes informaram se nesse estágio das negociações será discutida uma possível reestruturação da dívida pública grega, em torno de 180% do PIB.

A princípio, a reestruturação já não é mais posta em dúvida, disse Benoît Coeuré, membro da direção do BCE, em uma entrevista ao jornal francês Le Monde.

"A questão não é saber se haverá reestruturação, mas, sim, como ela será feita", disse Coeuré.

Varoufakis dá o que falar. O primeiro-ministro Alexis Tsipras deixará o ministro da Economia, Euclides Tsakalotos, e o vice-primeiro-ministro Yannis Dragasakis à frente das negociações.

O próprio Tsipras seguirá avaliando o que fazer com a rebelião de aproximadamente trinta deputados do seu partido Syriza, que são hostis aos termos desse novo resgate e que deixaram o governo sem a maioria no parlamento.

Por outro lado, o governo se absteve de reagir à controvérsia surgida nesse final de semana, a propósito de artigos de jornal assinados, entre outros, pelo ex-ministro da Economia Yanis Varoufakis, que pediu demissão no dia 6 de julho, dia seguinte ao "não" no referendo, mas que continua sendo um deputado influente.

Varoufakis reconheceu que tinha um plano para introduzir uma moeda paralela, pirateando as contas bancárias dos contribuintes gregos, com a ajuda de um amigo de infância agora professor de informática nos Estados Unidos.

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A Grécia recebeu nesta segunda-feira os representantes de seus credores, com os quais começará a negociar em três semanas um terceiro plano de resgate para o país.

A relação entre as duas partes é tensa, e a prova disso é que elas não estão de acordo sobre quando as negociações irão começar.

Nesta segunda-feira, o governo grego disse que as discussões começariam na terça-feira, com as equipes técnicas dos credores, enquanto que, em Bruxelas, uma porta-voz da Comissão disse que os representantes dariam início aos trabalhos imediatamente.

De qualquer forma, o tempo pressiona Atenas e seus credores- a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) e o Banco Central Europeu ( BCE ). Até o dia 20 de agosto, eles devem fechar o terceiro plano de resgate, estimado entre 82 e 86 bilhões de euros, conforme foi acordado na cúpula europeia dos dias 12 e 13 de julho.

Com os cofres vazios, a Grécia espera receber antes dessa data um primeiro pagamento de mais de 3 bilhões de euros ao BCE em 20 de agosto.

Isso implica definir em apenas três semanas as reformas prioritárias a serem executadas, fixar o calendário de pagamentos, encontrar um acordo sobre os objetivos fiscais da Grécia, obter a aprovação das três instituições credoras e de vários parlamentos que devem se pronunciar, além de submeter ao parlamento grego as decisões adotadas.

Trata-se de um desafio, a começar pelas difíceis negociações entre os credores e o governo de esquerda grego, no poder desde o final de janeiro.

Até agora, nenhuma das partes informaram se nesse estágio das negociações será discutida uma possível reestruturação da dívida pública grega, em torno de 180% do PIB.

A princípio, a reestruturação já não é mais posta em dúvida, disse Benoît Coeuré, membro da direção do BCE, em uma entrevista ao jornal francês Le Monde.

"A questão não é saber se haverá reestruturação, mas, sim, como ela será feita", disse Coeuré.

Varoufakis dá o que falar. O primeiro-ministro Alexis Tsipras deixará o ministro da Economia, Euclides Tsakalotos, e o vice-primeiro-ministro Yannis Dragasakis à frente das negociações.

O próprio Tsipras seguirá avaliando o que fazer com a rebelião de aproximadamente trinta deputados do seu partido Syriza, que são hostis aos termos desse novo resgate e que deixaram o governo sem a maioria no parlamento.

Por outro lado, o governo se absteve de reagir à controvérsia surgida nesse final de semana, a propósito de artigos de jornal assinados, entre outros, pelo ex-ministro da Economia Yanis Varoufakis, que pediu demissão no dia 6 de julho, dia seguinte ao "não" no referendo, mas que continua sendo um deputado influente.

Varoufakis reconheceu que tinha um plano para introduzir uma moeda paralela, pirateando as contas bancárias dos contribuintes gregos, com a ajuda de um amigo de infância agora professor de informática nos Estados Unidos.

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