Crédito acelera, mas expansão em 2012 é menor em 3 anos
O estoque total de crédito no Brasil cresceu 2,4 por cento em dezembro ante novembro, e de 16,2 por cento no acumulado de 2012, segundo informou o BC
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2013 às 11h59.
Brasília - O crédito acelerou no país em dezembro, mas não evitou que 2012 fechasse com o menor ritmo em três anos, mesmo com a queda dos spreads para o piso histórico, com bancos privados reticentes a emprestar numa economia frágil e inadimplência ainda elevada.
O estoque total de crédito no Brasil cresceu 2,4 por cento em dezembro ante novembro, e de 16,2 por cento no acumulado de 2012, segundo informou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira.
Com isso, o crédito disponibilizado pelo sistema financeiro no Brasil chegou a 53,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ou 2,36 trilhões de reais.
O spread --diferença entre o custo de captação do banco e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final-- atingiu 21,1 pontos percentuais, novo piso da série histórica iniciada em 2000, contra 21,6 pontos no mês anterior, em meio à ofensiva do governo para que os bancos reduzissem as taxas para o tomador.
Os bancos públicos, notadamente Banco do Brasil e Caixa Econômica, os que mais se empenharam nessa campanha, voltaram a ganhar mercado. De novembro para dezembro, a fatia dos estatais no crédito total cresceu de 47 para 47,6 por cento.
Já os bancos privados nacionais e estrangeiros, mais preocupados em reduzir os níveis de calotes, viram suas participações caírem novamente de 36,5 para 36 por cento, e de 16,5 para 16,3 por cento, respectivamente.
A inadimplência em dezembro, medida pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias em atraso, em relação ao crédito total, teve leve recuo. O índice ficou em 5,8 por cento, ante o dado revisado de novembro, de 5,9 por cento, patamar mais alto da série, no qual se manteve por cinco meses.
Moderação - O BC já esperava que o crédito desacelerasse no ano passado, após ter crescido 19 por cento em 2011 e 20,6 por cento em 2010. Isso, mesmo a Selic tendo caído para o piso histórico de 7,25 por cento e com o governo se empenhando para manter o mercado de crédito aquecido e, assim, não deixar o consumo desacelerar muito no cenário de frágil atividade econômica.
A expectativa de economistas é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país tenha crescido cerca de 1 por cento em 2012.
Para este ano, a previsão da autoridade monetária é que o crédito volte a se desacelerar, com expansão de 14 por cento. "O crédito em relação ao PIB era muito baixo anos atrás (...) Esse aumento da base é um dos fatores que contribui para que o crescimento seja moderado", disse Maciel a jornalistas.
Por outro lado, a expectativa da autoridade monetária é de que a inadimplência também caia por conta da permanência do crescimento do emprego e dos salários reais.
Brasília - O crédito acelerou no país em dezembro, mas não evitou que 2012 fechasse com o menor ritmo em três anos, mesmo com a queda dos spreads para o piso histórico, com bancos privados reticentes a emprestar numa economia frágil e inadimplência ainda elevada.
O estoque total de crédito no Brasil cresceu 2,4 por cento em dezembro ante novembro, e de 16,2 por cento no acumulado de 2012, segundo informou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira.
Com isso, o crédito disponibilizado pelo sistema financeiro no Brasil chegou a 53,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ou 2,36 trilhões de reais.
O spread --diferença entre o custo de captação do banco e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final-- atingiu 21,1 pontos percentuais, novo piso da série histórica iniciada em 2000, contra 21,6 pontos no mês anterior, em meio à ofensiva do governo para que os bancos reduzissem as taxas para o tomador.
Os bancos públicos, notadamente Banco do Brasil e Caixa Econômica, os que mais se empenharam nessa campanha, voltaram a ganhar mercado. De novembro para dezembro, a fatia dos estatais no crédito total cresceu de 47 para 47,6 por cento.
Já os bancos privados nacionais e estrangeiros, mais preocupados em reduzir os níveis de calotes, viram suas participações caírem novamente de 36,5 para 36 por cento, e de 16,5 para 16,3 por cento, respectivamente.
A inadimplência em dezembro, medida pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias em atraso, em relação ao crédito total, teve leve recuo. O índice ficou em 5,8 por cento, ante o dado revisado de novembro, de 5,9 por cento, patamar mais alto da série, no qual se manteve por cinco meses.
Moderação - O BC já esperava que o crédito desacelerasse no ano passado, após ter crescido 19 por cento em 2011 e 20,6 por cento em 2010. Isso, mesmo a Selic tendo caído para o piso histórico de 7,25 por cento e com o governo se empenhando para manter o mercado de crédito aquecido e, assim, não deixar o consumo desacelerar muito no cenário de frágil atividade econômica.
A expectativa de economistas é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país tenha crescido cerca de 1 por cento em 2012.
Para este ano, a previsão da autoridade monetária é que o crédito volte a se desacelerar, com expansão de 14 por cento. "O crédito em relação ao PIB era muito baixo anos atrás (...) Esse aumento da base é um dos fatores que contribui para que o crescimento seja moderado", disse Maciel a jornalistas.
Por outro lado, a expectativa da autoridade monetária é de que a inadimplência também caia por conta da permanência do crescimento do emprego e dos salários reais.