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Cortes na produção saudita de petróleo devem gerar déficit importante no 4º trimestre, aponta AIE

Relatório da Agência Internacional de Energia foi divulgado nesta quarta-feira, 13

Petróleo: Agência Internacional de Energia divulgou um relatório sobre a commodity. (Feifei Cui-Paoluzzo/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 13 de setembro de 2023 às 09h43.

A decisão da Arábia Saudita de estender cortes em sua produção de petróleo até o fim do ano deverá gerar um significativo déficit na oferta da commodity no último trimestre de 2023, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE).

Em relatório publicado nesta quarta-feira, 13, a AIE diz que cortes da Arábia Saudita e de outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) levaram à remoção de 2,5 milhões de barris por dia (bpd) do mercado desde janeiro, embora boa parte desse volume tenha sido compensada pela oferta recorde dos EUA e do Brasil, uma vez que a produção fora da Opep cresceu 1,9 milhão de bpd.

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No entanto, com as restrições sauditas e as exportações de petróleo da Rússia também reduzidas até o fim do ano, o mercado deverá registrar um significativo déficit de 1,1 milhão de bpd no quarto trimestre do ano, fator que provavelmente sustentará os preços da commodity, diz a agência, que tem sede em Paris.

No documento, a AIE manteve suas projeções de aumento na demanda global por petróleo tanto para este ano quanto para o próximo. A expectativa é que o consumo avance 2,2 milhões de bpd em 2023, a 101,8 milhões de bpd, e cresça em ritmo mais fraco em 2024, de 1 milhão de bpd, a 102,8 milhões de bpd.

Em relação à oferta global, a AIE reiterou sua projeção de alta para este ano, em 1,5 milhão de bpd, para um total de 101,6 milhões de bpd. Já para 2024, a agência elevou sua previsão de aumento na oferta em 200 mil bpd, para 1,7 milhão de bpd, o que levaria a produção total a 103,3 milhões de bpd.

Ainda no relatório, a AIE destaca que os estoques globais de petróleo atingiram em agosto o menor patamar em 13 meses.

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