Economia

Copom resiste a pressões e mantém juros em 26,5% sem viés

mais uma vez - custo desnecessário à produção e ao mercado de trabalho , disse Horacio Lafer Piva, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) em nota oficial. Juros elevados e crédito escasso e caro empobrecem o país, comprometendo a produção num horizonte que já inclui os primeiros meses de 2004. Para os […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.

mais uma vez - custo desnecessário à produção e ao mercado de trabalho , disse Horacio Lafer Piva, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) em nota oficial. Juros elevados e crédito escasso e caro empobrecem o país, comprometendo a produção num horizonte que já inclui os primeiros meses de 2004. Para os empresários, mais um mês de juros altos representa poucas vendas no comércio, retração na produção industrial e demissões o que realimenta o ciclo de retração econômica.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) considerou a manutenção da taxa básica de juros como "frustrante". O presidente da entidade, deputado federal Armando Monteiro Neto, considera que "já havia condições para que fosse iniciado o processo de redução da taxa de juros". "No entanto, o Copom adotou uma posição mais conservadora, mais prudente, porque os índices de inflação no varejo ainda não estão indicando, de forma mais efetiva, que o processo esteja totalmente controlado", disse.

Ele pondera que "o governo já construiu, em pouco tempo, uma credibilidade para a condução da política, o que é um capital importante não apenas na visão de curto prazo". "Estou frustrado. Gostaria que já tivesseiniciado esse movimento de redução dos juros", declarou o presidente da CNI.

Para as micro e pequenas empresas, a decisão também não foi bem recebida. "As pequenas empresas paulistas tiveram, de acordo com pesquisa do Sebrae-SP, o pior 1º trimestre em termos de faturamento e pessoal ocupado dos últimos seis anos, por conta da desaceleração econômica causada pelos juros elevados e queda no rendimento real dos brasileiros. E isto deve piorar", disse o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), Alencar Burti, ao comentar a decisão do Copom. Diante deste quadro, o Sebrae-SP acredita que pode-se esperar recuperação lenta do faturamento nominal, apenas a partir de meados do segundo semestre, quando as variáveis macroeconômicas estiverem estabilizadas.

Para a consultoria Global Invest, "o conservadorismo exacerbado das autoridades monetárias também não levou em consideração as expectativas para a inflação futura, que atuavam como fator chave para a decisão dos juros". "A credibilidade do Banco Central será mais afetada com a perpetuação da atual taxa de juros e seus efeitos negativos sobre a dívida e o crescimento econômico do que com o descumprimento das metas em 2003", afirma a consultoria.

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