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Copom prevê aumento na inflação e, por isso, mantém Selic

Aumento dos preços livres e monitorados pressiona o IPCA, cuja projeção está acima da meta deste ano e também da de 2005, segundo o Banco Central

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

A deterioração das expectativas de inflação foi o que mais pesou na manutenção da Selic, a taxa básica de juros, em 16% ao ano na semana passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo a ata da reunião, divulgada nesta quinta-feira (29/7), o fato de o IPCA do mês passado (0,71%) ter sido o maior dos últimos anos para um mês de junho justificou a cautela e a não-redução dos juros.

Além disso, a inflação acumulada dos preços livres (aqueles que não dependem da autorização do governo) no semestre foi de 3,77%, o que projeta um aumento de 7,69% no ano, o que contribuiria para o não-cumprimento da meta de inflação acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Com as perspectivas de aumento, nos próximos meses, das tarifas telefônicas e de energia elétrica, o Copom reviu sua projeção de inflação dos preços administrados (dependentes da autorização do governo) para 8,3%, enquanto o Banco Central (BC) projetava 7,7% no mês anterior.

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Com isso, o BC concluiu que, mantendo-se a taxa de juros em 16% ao ano e o câmbio em 3 reais, as expectativas de inflação ainda "estão acima da meta" acertada com o FMI de 5,5% para 2004 e "ligeiramente acima" também dos 4,5% estabelecidos para 2005. A ata menciona que, apesar da "piora do quadro inflacionário, não há razões para que as expectativas de crescimento econômico sejam revistas."

Por fim, o Copom afirma que "agindo com a cautela recomendada nesse tipo de situação, a política monetária atua no sentido de preservar o crescimento sustentado no médio prazo, promovendo a necessária compatibilização do ritmo de expansão da demanda agregada com a ampliação da capacidade produtiva da economia."

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