Economia

Contratações nos EUA apontam para resiliência na economia

Estados Unidos abriram 175 mil vagas de emprego em maio, pouco acima da mediana das estimativas


	Feira de empregos em Nova York, EUA: taxa de desemprego subiu 0,1 ponto percentual, para 7,6 por cento, com o aumento dando um sinal relativamente otimista
 (Mike Segar/Reuters)

Feira de empregos em Nova York, EUA: taxa de desemprego subiu 0,1 ponto percentual, para 7,6 por cento, com o aumento dando um sinal relativamente otimista (Mike Segar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 12h19.

Washington - Os empregadores dos Estados Unidos aceleraram as contratações em maio, um sinal de resiliência econômica que sugere que o banco central do país pode começar a reduzir o volume de dinheiro que está injetando no sistema bancário mais à frente neste ano.

Os Estados Unidos abriram 175 mil vagas de emprego em maio, pouco acima da mediana das estimativas de pesquisa Reuters, de 170 mil, mostraram dados do Departamento de Trabalho nesta sexta-feira.

A taxa de desemprego subiu 0,1 ponto percentual, para 7,6 por cento, com o aumento dando um sinal relativamente otimista, já que deveu-se ao fato de mais trabalhadores entrarem na força de trabalho.

Alguns economistas avaliam que os dados apoiam a visão de que o Federal Reserve pode reduzir suas compras de estímulos já em setembro, mas outros acham que o banco central norte-americano não fará esses movimento até o ano que vem.

De qualquer modo, maio foi o terceiro mês seguido em que as vagas fora do setor agrícola cresceram menos de 200 mil.

"(O resultado) não é ótimo, mas é bom. Ele deixa as conversas de redução (do estímulo do Fed) sobre a mesa", disse o economista-chefe da ITG, Steve Blitz, em Nova York.

Autoridades do Fed tem sugerido que podem estar perto de reduzir as compras de títulos, apesar do crescimento econômico modesto, que não deve acelerar até o fim do ano, quando o peso dos cortes de gastos do governo começar a enfraquecer.


Os cortes no orçamento levaram ao congelamento de contratações em muitas agências do governo. Os postos de trabalho do governo foram reduzidos em 3 mil em maio.

Cerca de 4,4 milhões de norte-americanos estão desempregados há mais de seis meses, aproximadamente 3 milhões a mais que nos níveis pré-recessão. Quanto maior for o tempo que os trabalhadores estiverem sem emprego, maiores são os riscos de não estarem mais aptos ao trabalho. Isso pode causar dano duradouro à economia e vem alimentando a urgência dos esforços do Fed para estimular a economia.

Mesmo assim, o ritmo de crescimento de empregos está bem perto da média para os 12 meses anteriores. Durante esse período, a taxa de desemprego caiu cerca de 0,5 ponto percentual e o número dos desempregados a longo prazo teve queda de cerca de 1 milhão de pessoas.

"Do ponto de vista de um trabalhador, é claro, você gostaria de ver uma recuperação mais robusta", disse o presidente da LibertyView Capital Management, Rick Meckler, em Jersey City, Nova Jersey.

Até mesmo o aumento na taxa de desemprego teve um lado positivo. Ela ocorreu devido à entrada de 420 mil trabalhadores na força de trabalho. A porção da população na força de trabalho --que inclui pessoas tanto empregadas como procurando por emprego-- subiu para 63,4 por cento.

Essa notícia é positiva porque parte da recente queda na taxa de desemprego foi devido a trabalhadores terem abandonado a força de trabalho, ou porque se aposentaram, voltaram a estudar ou desistiram de procurar emprego.

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