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Contração da indústria acelera em março, aponta PMI

O PMI compilado pelo Markit caiu a 46,2 em março ante 49,6 em fevereiro, com piora das condições em todos os três subsetores monitorados

Trabalhador da indústria: o volume de produção caiu em março no ritmo mais intenso em três anos e meio (zdravkovic/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2015 às 10h31.

São Paulo - O ritmo de contração da indústria brasileira acelerou com força em março e a produção do setor caiu no ritmo mais rápido desde setembro de 2011 devido à forte queda na entrada de novos pedidos, apontou o Índice de Gerentes de Compras ( PMI , na sigla em inglês) divulgado nesta quarta-feira.

O PMI compilado pelo Markit caiu a 46,2 em março ante 49,6 em fevereiro, com piora das condições em todos os três subsetores monitorados e indo ainda mais abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

O volume de produção caiu em março no ritmo mais intenso em três anos e meio, com os entrevistados citando como razões, segundo o Markit, queda da demanda e clima econômico difícil.

"Março testemunhou a contração mais forte na produção industrial no Brasil em três anos e meio, uma situação agravada por condições econômicas domésticas difíceis, taxas de inflação fortes e depreciação cambial", avaliou a economista do Markit Pollyanna De Lima.

"Lamentavelmente, há pouco para sugerir que podemos esperar algum crescimento no setor no curto prazo", completou.

O volume de entrada de novos pedidos teve a queda mais forte desde outubro de 2011, com as três principais áreas registrando recuo, porém a mais forte vista entre os produtores de bens de capital.

Já o número de novos negócios do exterior mostrou estagnação em meio a relatos de concorrência global acirrada diante de aumentos de custos, encerrando três meses de crescimento da demanda externa.

Frente a esse cenário, o nível de empregos no setor industrial caiu pela primeira vez desde novembro, com a taxa de corte de funcionários sendo a mais rápida em 32 meses.

As empresas que indicaram níveis mais baixos de pessoal citaram tentativa de redução de custos.

Em relação aos custos, os fabricantes brasileiros apontaram aumento pelo quinto mês seguido em março, embora a taxa tenha sido a mais fraca desde dezembro.

Segundo os entrevistados, a maior parte do aumento recente nos preços dos insumos deveu-se à depreciação do real ante o dólar.

Esse aumento dos custos foi repassado aos clientes, e a inflação dos preços cobrados atingiu recorde de alta de 16 meses no mês passado.

Um dos principais pesos sobre a economia brasileira, as perspectivas para a indústria brasileira não são favoráveis neste ano.

O setor enfrenta dificuldades diante da inflação e juros elevados, com os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central prevendo contração da produção de 2,42 por cento.

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O PMI compilado pelo Markit caiu a 46,2 em março ante 49,6 em fevereiro, com piora das condições em todos os três subsetores monitorados e indo ainda mais abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

O volume de produção caiu em março no ritmo mais intenso em três anos e meio, com os entrevistados citando como razões, segundo o Markit, queda da demanda e clima econômico difícil.

"Março testemunhou a contração mais forte na produção industrial no Brasil em três anos e meio, uma situação agravada por condições econômicas domésticas difíceis, taxas de inflação fortes e depreciação cambial", avaliou a economista do Markit Pollyanna De Lima.

"Lamentavelmente, há pouco para sugerir que podemos esperar algum crescimento no setor no curto prazo", completou.

O volume de entrada de novos pedidos teve a queda mais forte desde outubro de 2011, com as três principais áreas registrando recuo, porém a mais forte vista entre os produtores de bens de capital.

Já o número de novos negócios do exterior mostrou estagnação em meio a relatos de concorrência global acirrada diante de aumentos de custos, encerrando três meses de crescimento da demanda externa.

Frente a esse cenário, o nível de empregos no setor industrial caiu pela primeira vez desde novembro, com a taxa de corte de funcionários sendo a mais rápida em 32 meses.

As empresas que indicaram níveis mais baixos de pessoal citaram tentativa de redução de custos.

Em relação aos custos, os fabricantes brasileiros apontaram aumento pelo quinto mês seguido em março, embora a taxa tenha sido a mais fraca desde dezembro.

Segundo os entrevistados, a maior parte do aumento recente nos preços dos insumos deveu-se à depreciação do real ante o dólar.

Esse aumento dos custos foi repassado aos clientes, e a inflação dos preços cobrados atingiu recorde de alta de 16 meses no mês passado.

Um dos principais pesos sobre a economia brasileira, as perspectivas para a indústria brasileira não são favoráveis neste ano.

O setor enfrenta dificuldades diante da inflação e juros elevados, com os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central prevendo contração da produção de 2,42 por cento.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaPMI – Purchasing Managers’ Index

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