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Conta de luz sobe, mas qualidade de serviço cai

Por Renée Pereira A qualidade dos serviços de eletricidade piorou nos últimos anos, apesar do aumento no custo da conta de luz. Depois de alcançar o menor nível da história, no período após o processo de privatização do setor elétrico iniciado em 1995, o volume de blecautes voltou a subir em todo o País. Em […]

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2009 às 07h57.

Por Renée Pereira

Em algumas localidades, os indicadores estão no pior nível da década, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É o caso das distribuidoras do Pará (Celpa) e de Minas Gerais (Cat-Leo e Cemig), entre outras.

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No ano passado, os brasileiros ficaram, em média, 16,61 horas sem eletricidade - número superior às 16,57 horas de 2001, quando o racionamento deixou a rede de distribuição mais folgada e menos vulnerável aos blecautes. A média nacional, no entanto, esconde casos extremos, como o de São Luiz do Anauá, em Roraima, onde as interrupções somaram 1.007 horas em 2008. Isso significa ficar um mês e 11 dias sem eletricidade no ano. Apesar disso, a tarifa média da região está em R$ 290 o MWh, a maior do País.

Nesse caso, a explicação para o alto preço e as interrupções está no fato de o Norte fazer parte do sistema isolado, atendido basicamente por termoelétricas movidas a óleo combustível. Mas a relação qualidade e custo da energia está muito distante do desejável em qualquer região do País, diz o professor da Universidade de São Paulo Ildo Sauer. "Temos as contas de luz mais caras do mundo e uma péssima qualidade de energia."

A justificativa das concessionárias para a piora nos indicadores de interrupção está na severidade do clima, com raios e tempestades. Isso acaba derrubando a rede e interrompendo o fornecimento de energia. "Em São Paulo, o maior problema é a queda de árvores", diz Roberto Mario Di Nardo, vice-presidente da AES Eletropaulo, maior distribuidora do Brasil.

Segundo ele, até novembro, foram 24.171 interrupções provocadas por queda de árvores ou galhos nas linhas - volume 18% superior a todo o ano de 2008 e 29% em relação a 2007. Isso contribuiu para elevar de 9 para 11 horas o tempo médio que os consumidores ficaram sem luz na região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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