Alemanha: consumo privado adicionou 0,6 pontos percentuais ao crescimento no ano passado, mostraram dados preliminares da Agência Federal de Estatísticas (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 08h34.
Berlim - O consumo privado e o comércio impulsionaram a expansão de 1,5 por cento da economia alemã em 2014, melhor desempenho em três anos, mas mascarando a fraqueza sentida nos últimos três trimestres do ano.
O consumo privado adicionou 0,6 pontos percentuais ao crescimento no ano passado, mostraram dados preliminares da Agência Federal de Estatísticas. O emprego na máxima histórica, salários em alta e a inflação moderada estão incentivando o consumo das famílias na Alemanha.
O comércio internacional, tradicional motor da economia que tem perdido fôlego nos últimos anos, contribuiu com 0,4 ponto percentual, apesar da persistente fraqueza na Europa, maior mercado para exportações alemãs, e crises na Ucrânia e no Oriente Médio.
Mas economistas apontaram que o desempenho econômico não foi tão bom em 2014 quanto sugerem os dados do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano como um todo.
"Olhando mais de perto, a economia alemã ficou no modo de espera em boa parte do ano", disse Ferdinand Fichter, do instituto econômico DIW.
"Na realidade, foi apenas o início forte de 2014 que levou a esse bom resultado, e isso deveu-se amplamente ao inverno ameno", acrescentou.
A economia alemã começou o ano com crescimento trimestral robusto de 0,8 por cento, mas contraiu no segundo trimestre e evitou por pouco uma recessão técnica com expansão fraca de 0,1 por cento no terceiro trimestre.
Fontes da coalizão disseram à Reuters mais cedo que o governo estava considerando revisar sua projeção de crescimento do PIB em 2015 para 1,5 por cento, da atual meta de 1,3 por cento.
"Se a Alemanha crescer 1,5 por cento em 2015, será por causa dos preços baratos de petróleo e do euro mais fraco. A Alemanha precisa urgentemente de mais investimentos públicos e mais incentivos ao investimento privado", disse o economista Holger Sandte, da Nordea.