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Consumo de café no Brasil tem leve aumento após retração

Associação Brasileira da Indústria de Café prevê que consumo volte a crescer de forma mais intensa em 2015

Plantação de café: O Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás dos Estados Unidos, consumindo pouco menos da metade do que produz (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 13h54.

São Paulo - O consumo de café no Brasil aumentou 1,24 por cento entre novembro de 2013 e outubro de 2014, recuperando recuo em nível semelhante observado em igual período anterior, informou nesta terça-feira a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

O crescimento na demanda interna para 20,333 milhões de sacas em 12 meses, em meio a um leve aumento no consumo per capita num ano de alta de preços da matéria-prima, ficou abaixo da meta anual da Abic de 3 por cento.

Para 2015, a associação prevê que o consumo de café volte a crescer de forma mais intensa, alcançando os 21 milhões de sacas no ano.

No ano 2013/14 da Abic, o consumo per capita aumentou ligeiramente, passando de 4,87 a 4,89 kg/habitante/ano de café torrado e moído (6,12 kg de café verde em grão), o equivalente a 81 litros/habitante/ano.

A Abic afirmou ainda que os preços da matéria-prima dispararam, apertando as margens do setor, com vendas estimadas em 7 bilhões de reais em 2014.

"Sob efeito da seca e das altas temperaturas no início de 2014, que resultaram numa previsão de quebra da safra brasileira, as cotações mundiais e internas do grão se elevaram acentuadamente", ressaltou.

O preço do café arábica aumentou em média 58 por cento no ano, para 455 reais/saca em dezembro de 2014, enquanto o café conilon variou 22 por cento, para 275 reais/saca, segundo dados do Ministério da Agricultura citados pela Abic.

Enquanto isso, segundo pesquisas na cidade de São Paulo, de janeiro a dezembro de 2014, os preços dos cafés tradicionais, nas prateleiras do varejo, subiram 9,7 por cento, para 13,88 reais/kg.

"A diferença dos índices de variação entre matéria-prima e o produto final evidencia que a indústria chegou ao final de 2014 com seus custos muito pressionados, disse a Abic, prevendo dificuldades nos próximos meses.

"Reajustes nos combustíveis, energia elétrica, gás e câmbio continuarão a pressionar os custos da indústria neste início de 2015." Como forma de ampliar o consumo, a Abic defende a tese de que é preciso investir "muito mais em marketing, publicidade, diferenciação e inovação de produtos".

O Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás dos Estados Unidos, consumindo pouco menos da metade do que produz. O país, o maior produtor global da matéria-prima, exporta a maior parte da sua produção.

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São Paulo - O consumo de café no Brasil aumentou 1,24 por cento entre novembro de 2013 e outubro de 2014, recuperando recuo em nível semelhante observado em igual período anterior, informou nesta terça-feira a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

O crescimento na demanda interna para 20,333 milhões de sacas em 12 meses, em meio a um leve aumento no consumo per capita num ano de alta de preços da matéria-prima, ficou abaixo da meta anual da Abic de 3 por cento.

Para 2015, a associação prevê que o consumo de café volte a crescer de forma mais intensa, alcançando os 21 milhões de sacas no ano.

No ano 2013/14 da Abic, o consumo per capita aumentou ligeiramente, passando de 4,87 a 4,89 kg/habitante/ano de café torrado e moído (6,12 kg de café verde em grão), o equivalente a 81 litros/habitante/ano.

A Abic afirmou ainda que os preços da matéria-prima dispararam, apertando as margens do setor, com vendas estimadas em 7 bilhões de reais em 2014.

"Sob efeito da seca e das altas temperaturas no início de 2014, que resultaram numa previsão de quebra da safra brasileira, as cotações mundiais e internas do grão se elevaram acentuadamente", ressaltou.

O preço do café arábica aumentou em média 58 por cento no ano, para 455 reais/saca em dezembro de 2014, enquanto o café conilon variou 22 por cento, para 275 reais/saca, segundo dados do Ministério da Agricultura citados pela Abic.

Enquanto isso, segundo pesquisas na cidade de São Paulo, de janeiro a dezembro de 2014, os preços dos cafés tradicionais, nas prateleiras do varejo, subiram 9,7 por cento, para 13,88 reais/kg.

"A diferença dos índices de variação entre matéria-prima e o produto final evidencia que a indústria chegou ao final de 2014 com seus custos muito pressionados, disse a Abic, prevendo dificuldades nos próximos meses.

"Reajustes nos combustíveis, energia elétrica, gás e câmbio continuarão a pressionar os custos da indústria neste início de 2015." Como forma de ampliar o consumo, a Abic defende a tese de que é preciso investir "muito mais em marketing, publicidade, diferenciação e inovação de produtos".

O Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás dos Estados Unidos, consumindo pouco menos da metade do que produz. O país, o maior produtor global da matéria-prima, exporta a maior parte da sua produção.

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