Consumo de café no Brasil cai pela 1ª vez em 10 anos
Consumo registrou ligeiro recuo de 1,2% em 2013, com a bebida sofrendo com a concorrência de produtos prontos
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 17h30.
São Paulo - O consumo de café no Brasil, segundo consumidor global após os Estados Unidos, registrou ligeiro recuo de 1,2 por cento em 2013 na comparação com 2012, com a bebida sofrendo com a concorrência de produtos prontos, como sucos e achocolatados, apontou nesta segunda-feira um estudo da associação que reúne a indústria no Brasil.
Foi a primeira queda no consumo no país desde 2003, e o segundo recuo da série histórica, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) contabilizados desde 1990.
De acordo com a entidade, as inúmeras novas opções prontas para o consumo no café da manhã, que incluem bebidas a base de soja, cuja penetração no mercado ainda é pequena comparada ao tradicional cafezinho, têm apresentado um crescimento bastante elevado.
"Enquanto a penetração do café no consumo doméstico permaneceu elevada (95 por cento), mas estável, os outros produtos ou categorias novas cresceram acima de 20 por cento, como foi o caso do suco pronto (25 por cento) e as bebidas a base de soja (29 por cento)", disse a Abic, citando pesquisas da Kantar Worldpanel.
De acordo com a associação, "essas categorias de maior valor agregado desafiam a indústria de café para a inovação e para a retomada de índices de crescimento maiores, o que pode ocorrer com a oferta de cafés de melhor qualidade, diferenciados e certificados".
Em 2014, a Abic estima a retomada do crescimento do consumo interno de café, ao nível de 3 a 4 por cento, com maior procura por cafés de melhor qualidade, desde os tradicionais até os gourmet.
"A entidade está debruçada sobre a elaboração de um plano de marketing que destaque os atributos do café com seus benefícios para a saúde, energia e bem-estar, que serão os princípios a explorar neste período da Copa do Mundo e posteriores...", afirmou.
O consumo em 2013 somou 20,08 milhões de sacas de 60 kg, o que representou cerca de 40 por cento da safra nacional do país no ano passado.
O Brasil, maior produtor e exportador global de café, exporta a maior parte de sua produção.
Preço Menor
A queda no consumo em 2013 ocorreu apesar de os preços nas prateleiras terem caído.
Os preços do café nas prateleiras do varejo diminuíram 15 por cento ao longo de 2013, com o valor médio do produto tipo tradicional passando de 14,82 reais/kg em janeiro de 2013 para 12,55/kg em dezembro do ano passado, segundo pesquisas feitas no varejo paulistano.
"Esta queda, entretanto, não serviu para ampliar o consumo", ressaltou a Abic em nota.
A associação citou ainda que "contribuiu" para a redução do consumo a constatação da diminuição do número de empresas de pequeno porte, cuja quantidade produzida esta sendo reavaliada.
Em final de 2012, a entidade contabilizava 1.490 indústrias no país, de todos os portes, que atuaram no mercado nos últimos quatro anos, e ao final de 2013 esse número foi de 1.428.
São Paulo - O consumo de café no Brasil, segundo consumidor global após os Estados Unidos, registrou ligeiro recuo de 1,2 por cento em 2013 na comparação com 2012, com a bebida sofrendo com a concorrência de produtos prontos, como sucos e achocolatados, apontou nesta segunda-feira um estudo da associação que reúne a indústria no Brasil.
Foi a primeira queda no consumo no país desde 2003, e o segundo recuo da série histórica, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) contabilizados desde 1990.
De acordo com a entidade, as inúmeras novas opções prontas para o consumo no café da manhã, que incluem bebidas a base de soja, cuja penetração no mercado ainda é pequena comparada ao tradicional cafezinho, têm apresentado um crescimento bastante elevado.
"Enquanto a penetração do café no consumo doméstico permaneceu elevada (95 por cento), mas estável, os outros produtos ou categorias novas cresceram acima de 20 por cento, como foi o caso do suco pronto (25 por cento) e as bebidas a base de soja (29 por cento)", disse a Abic, citando pesquisas da Kantar Worldpanel.
De acordo com a associação, "essas categorias de maior valor agregado desafiam a indústria de café para a inovação e para a retomada de índices de crescimento maiores, o que pode ocorrer com a oferta de cafés de melhor qualidade, diferenciados e certificados".
Em 2014, a Abic estima a retomada do crescimento do consumo interno de café, ao nível de 3 a 4 por cento, com maior procura por cafés de melhor qualidade, desde os tradicionais até os gourmet.
"A entidade está debruçada sobre a elaboração de um plano de marketing que destaque os atributos do café com seus benefícios para a saúde, energia e bem-estar, que serão os princípios a explorar neste período da Copa do Mundo e posteriores...", afirmou.
O consumo em 2013 somou 20,08 milhões de sacas de 60 kg, o que representou cerca de 40 por cento da safra nacional do país no ano passado.
O Brasil, maior produtor e exportador global de café, exporta a maior parte de sua produção.
Preço Menor
A queda no consumo em 2013 ocorreu apesar de os preços nas prateleiras terem caído.
Os preços do café nas prateleiras do varejo diminuíram 15 por cento ao longo de 2013, com o valor médio do produto tipo tradicional passando de 14,82 reais/kg em janeiro de 2013 para 12,55/kg em dezembro do ano passado, segundo pesquisas feitas no varejo paulistano.
"Esta queda, entretanto, não serviu para ampliar o consumo", ressaltou a Abic em nota.
A associação citou ainda que "contribuiu" para a redução do consumo a constatação da diminuição do número de empresas de pequeno porte, cuja quantidade produzida esta sendo reavaliada.
Em final de 2012, a entidade contabilizava 1.490 indústrias no país, de todos os portes, que atuaram no mercado nos últimos quatro anos, e ao final de 2013 esse número foi de 1.428.