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Consultorias esperam reajuste de até 9,5% na gasolina

Srá necessário reforçar caixa da Petrobrás pela alta da cotação do petróleo no mercado internacional e pela desvalorização do câmbio no Brasil, para economistas

Gasolina: mercado acredita que Petrobras tem autonomia para decidir sobre sua política de preços (Jeff Pachoud/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2015 às 09h59.

São Paulo - Além dos aumentos de preços administrados anunciados recentemente estarem surpreendendo para cima, alguns economistas estão incluindo em seus cenários de inflação deste ano um possível reajuste nos preços da gasolina .

Para eles, será necessário reforçar o caixa da Petrobrás por causa da alta da cotação do petróleo no mercado internacional e da desvalorização do câmbio no Brasil. Além disso, a empresa já deu sinais de que vai reajustar os combustíveis.

Essa percepção ganha força na medida em que o mercado acredita que a estatal tem autonomia para decidir sobre sua política de preços independentemente da inflação.

Duas etapas

O economista-chefe do banco Safra, Carlos Kawall, trabalha com um cenário de reajustes nos preços da gasolina em 2015, de 9,5% e de 6,0% na refinaria e na bomba, respectivamente, distribuídos em duas etapas, uma no meio e outra no fim do ano. "A lógica é de que se (o governo) fizer o quanto antes pode fazer menos."

Impacto

Esses números teriam um impacto de 0,24 ponto porcentual no IPCA. Kawall disse que a defasagem entre os preços internos da gasolina ante o mercado externo, que já chegou a ser vantajosa para a Petrobrás em cerca de 40% no ano passado, agora está na faixa de 5,0%.

"Que (o aumento) vem, vem. A questão é a intensidade. O Monteiro foi muito claro", disse Kawall, referindo-se ao diretor Financeiro da Petrobrás, Ivan Monteiro.

Na semana passada, o diretor reafirmou que a estatal "tem liberdade e vai praticar preços competitivos e de mercado". Segundo ele, esse é um compromisso da companhia com acionistas e também com o mercado de dívidas, uma vez que a redução do endividamento é tida como prioridade pela atual diretoria.

Diferentemente dos anos anteriores, o mercado agora vê a empresa com autonomia em sua política de preços, sem pressões políticas que pesavam contra reajustes que pudessem elevar ainda mais a inflação.

Nas contas do banco Safra, em 2016, diante da expectativa de um câmbio mais depreciado, um outro aumento nos preços da gasolina, na faixa de 7% na bomba, seria necessário.

Aumentos de combustível

O Banco Sicredi acaba de revisar suas projeções de inflação por causa da expectativa de aumento da gasolina. As estimativas de 8,30% e 5,0% para o IPCA em 2015 e 2016 foram revistas para 8,50% e 5,20% porque agora o banco embutiu aumentos do combustível neste ano e no próximo em seus prognósticos, de acordo com o economista Pedro Ramos.

"A Petrobrás tinha uma vantagem grande, de cerca de 40%, que agora se esvaiu", disse Ramos, lembrando que as cotações da commodity engataram alta no mercado internacional e o real se depreciou bastante nos últimos meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Além dos aumentos de preços administrados anunciados recentemente estarem surpreendendo para cima, alguns economistas estão incluindo em seus cenários de inflação deste ano um possível reajuste nos preços da gasolina .

Para eles, será necessário reforçar o caixa da Petrobrás por causa da alta da cotação do petróleo no mercado internacional e da desvalorização do câmbio no Brasil. Além disso, a empresa já deu sinais de que vai reajustar os combustíveis.

Essa percepção ganha força na medida em que o mercado acredita que a estatal tem autonomia para decidir sobre sua política de preços independentemente da inflação.

Duas etapas

O economista-chefe do banco Safra, Carlos Kawall, trabalha com um cenário de reajustes nos preços da gasolina em 2015, de 9,5% e de 6,0% na refinaria e na bomba, respectivamente, distribuídos em duas etapas, uma no meio e outra no fim do ano. "A lógica é de que se (o governo) fizer o quanto antes pode fazer menos."

Impacto

Esses números teriam um impacto de 0,24 ponto porcentual no IPCA. Kawall disse que a defasagem entre os preços internos da gasolina ante o mercado externo, que já chegou a ser vantajosa para a Petrobrás em cerca de 40% no ano passado, agora está na faixa de 5,0%.

"Que (o aumento) vem, vem. A questão é a intensidade. O Monteiro foi muito claro", disse Kawall, referindo-se ao diretor Financeiro da Petrobrás, Ivan Monteiro.

Na semana passada, o diretor reafirmou que a estatal "tem liberdade e vai praticar preços competitivos e de mercado". Segundo ele, esse é um compromisso da companhia com acionistas e também com o mercado de dívidas, uma vez que a redução do endividamento é tida como prioridade pela atual diretoria.

Diferentemente dos anos anteriores, o mercado agora vê a empresa com autonomia em sua política de preços, sem pressões políticas que pesavam contra reajustes que pudessem elevar ainda mais a inflação.

Nas contas do banco Safra, em 2016, diante da expectativa de um câmbio mais depreciado, um outro aumento nos preços da gasolina, na faixa de 7% na bomba, seria necessário.

Aumentos de combustível

O Banco Sicredi acaba de revisar suas projeções de inflação por causa da expectativa de aumento da gasolina. As estimativas de 8,30% e 5,0% para o IPCA em 2015 e 2016 foram revistas para 8,50% e 5,20% porque agora o banco embutiu aumentos do combustível neste ano e no próximo em seus prognósticos, de acordo com o economista Pedro Ramos.

"A Petrobrás tinha uma vantagem grande, de cerca de 40%, que agora se esvaiu", disse Ramos, lembrando que as cotações da commodity engataram alta no mercado internacional e o real se depreciou bastante nos últimos meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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