Congresso dos EUA inicia debate sobre "abismo fiscal"
Na Casa Branca, o presidente Barack Obama, reeleito na semana passada, irá receber grupos liberais e trabalhistas que devem lhe pedir para que proteja os programas sociais dos cortes orçamentários
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 09h21.
Washington - O grupo de parlamentares envolvidos no debate do "abismo fiscal" se reuniu nesta terça-feira em Washington pela primeira vez desde as eleições, preparando o terreno para uma semana de balões de ensaio e reposicionamento retórico.
Com o fim do recesso parlamentar em decorrência da campanha eleitoral, o líder da bancada republicana no Senado, Mitch McConnell, e a chefe da bancada democrata na Câmara, Nancy Pelosi, marcaram reuniões com os parlamentares estreantes dos seus respectivos partidos.
Principal item da pauta: lidar com a convergência, no final do ano, de urgentes questões tributárias e orçamentárias que, se não forem adequadamente resolvidas, podem mergulhar os EUA em uma nova recessão.
Na Casa Branca, o presidente Barack Obama, reeleito na semana passada, irá receber grupos liberais e trabalhistas que devem lhe pedir para que proteja os programas sociais dos cortes orçamentários propostos pela oposição republicana.
O "abismo fiscal" é o assunto também de uma reunião de líderes empresariais na Câmara de Comércio dos EUA, e a preocupação com esse assunto se reflete no desânimo dos mercados financeiros globais.
Uma pesquisa regular sobre o sentimento entre pequenas empresas, na terça-feira, mostrou a esperança de uma recuperação nas vendas, mas uma incerteza generalizada entre os empresários a respeito das condições nos próximos seis meses. A Federação Nacional de Empresas Independentes disse que seu índice do otimismo subiu 0,3 ponto em outubro, chegando a 93,1.
"Estamos a três semanas de sérias negociações sobre o abismo fiscal", disse Greg Valliere, estrategista político da consultoria de análises Potomac Research Group, de Washington.
"Esta é uma semana de oportunidade para fotos, a semana que vem é a de Ação de Graças, aí os parlamentares vão voltar para Washington para reexaminar o que os assessores têm a apresentar. O tema dominante nessas próximas três semanas serão os balões de ensaio", disse ele.
No final de 2012 irão expirar os benefícios tributários adotados de forma temporária há uma década, no governo de George W. Bush. Se o Congresso não fizer nada, o imposto de renda de pessoa física vai subir fortemente. Essa é a principal faceta do "abismo fiscal".
Outro elemento é o corte profundo e generalizado no orçamento de programas federais, que entra em vigor em janeiro se não for revogado pelo Congresso. Parlamentares temem que o corte, ao tirar dinheiro de circulação, devaste a economia. Por isso, muitos parlamentares estão empenhados em evitar essas medidas.
A respeito das medidas tributárias, no entanto, democratas e republicanos continuam profundamente divididos.
Obama é favorável a prorrogar os benefícios tributários para a maioria dos norte-americanos, mas permitir a elevação de impostos para contribuintes com renda anual superior a 200 mil dólares anuais. Os republicanos, porém, são contra qualquer elevação de impostos.
Washington - O grupo de parlamentares envolvidos no debate do "abismo fiscal" se reuniu nesta terça-feira em Washington pela primeira vez desde as eleições, preparando o terreno para uma semana de balões de ensaio e reposicionamento retórico.
Com o fim do recesso parlamentar em decorrência da campanha eleitoral, o líder da bancada republicana no Senado, Mitch McConnell, e a chefe da bancada democrata na Câmara, Nancy Pelosi, marcaram reuniões com os parlamentares estreantes dos seus respectivos partidos.
Principal item da pauta: lidar com a convergência, no final do ano, de urgentes questões tributárias e orçamentárias que, se não forem adequadamente resolvidas, podem mergulhar os EUA em uma nova recessão.
Na Casa Branca, o presidente Barack Obama, reeleito na semana passada, irá receber grupos liberais e trabalhistas que devem lhe pedir para que proteja os programas sociais dos cortes orçamentários propostos pela oposição republicana.
O "abismo fiscal" é o assunto também de uma reunião de líderes empresariais na Câmara de Comércio dos EUA, e a preocupação com esse assunto se reflete no desânimo dos mercados financeiros globais.
Uma pesquisa regular sobre o sentimento entre pequenas empresas, na terça-feira, mostrou a esperança de uma recuperação nas vendas, mas uma incerteza generalizada entre os empresários a respeito das condições nos próximos seis meses. A Federação Nacional de Empresas Independentes disse que seu índice do otimismo subiu 0,3 ponto em outubro, chegando a 93,1.
"Estamos a três semanas de sérias negociações sobre o abismo fiscal", disse Greg Valliere, estrategista político da consultoria de análises Potomac Research Group, de Washington.
"Esta é uma semana de oportunidade para fotos, a semana que vem é a de Ação de Graças, aí os parlamentares vão voltar para Washington para reexaminar o que os assessores têm a apresentar. O tema dominante nessas próximas três semanas serão os balões de ensaio", disse ele.
No final de 2012 irão expirar os benefícios tributários adotados de forma temporária há uma década, no governo de George W. Bush. Se o Congresso não fizer nada, o imposto de renda de pessoa física vai subir fortemente. Essa é a principal faceta do "abismo fiscal".
Outro elemento é o corte profundo e generalizado no orçamento de programas federais, que entra em vigor em janeiro se não for revogado pelo Congresso. Parlamentares temem que o corte, ao tirar dinheiro de circulação, devaste a economia. Por isso, muitos parlamentares estão empenhados em evitar essas medidas.
A respeito das medidas tributárias, no entanto, democratas e republicanos continuam profundamente divididos.
Obama é favorável a prorrogar os benefícios tributários para a maioria dos norte-americanos, mas permitir a elevação de impostos para contribuintes com renda anual superior a 200 mil dólares anuais. Os republicanos, porém, são contra qualquer elevação de impostos.