Confiança no emprego sustenta otimismo das famílias
Na pesquisa Índice de Expectativas das Famílias, 78,6% dos pesquisados declararam que se sentem seguros sobre a situação do responsável pela família em seu emprego
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2012 às 13h43.
Rio de Janeiro - A confiança no mercado de trabalho é o principal fator que vem sustentando o otimismo das famílias, na avaliação de Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na pesquisa Índice de Expectativas das Famílias (EF), divulgada hoje, 78,6% dos pesquisados declararam que se sentem seguros sobre a situação do responsável pela família em seu emprego.
A fatia dos que se sentiam seguros na ocupação era um pouco maior em janeiro (80,7%), mas atualmente ainda demonstra grande confiança no mercado de trabalho. No entanto, a pesquisa verificou que apenas 38,6% das famílias esperam alguma melhora profissional do responsável pelo domicílio nos próximos seis meses. "A maior parte dos entrevistados acredita que não vai melhorar na ocupação. Eles estão seguros no emprego, mas não percebem possibilidade de melhora na sua renda ou na posição profissional", aponta Pochmann.
O otimismo em relação ao futuro profissional cresce à medida que aumenta o grau de escolaridade e a renda das famílias. Entre os trabalhadores sem escolaridade, apenas 25,9% esperam melhora no emprego. Essa fatia aumenta para 36,8% entre os que têm ensino fundamental completo e para 52,0% entre os que possuem ensino superior incompleto. Quanto à renda, os empregados que recebem entre um e dois salários mínimos são os menos otimistas, apenas 33,2% deles creem em uma melhora profissional. Já os trabalhadores que recebem entre cinco e dez salários mínimos estão mais confiantes: 47,3% deles acreditam em uma evolução na ocupação. "À medida em que aumenta a escolaridade, aumenta a percepção de que é possível ascender profissionalmente. Em relação à renda, também há essa semelhança", notou Pochmann.
Salário
As medidas tomadas pelo governo no segundo semestre do ano passado, como o aumento do salário mínimo, a redução de impostos sobre eletrodomésticos e os cortes na taxa básica de juros, já não são suficientes para sustentar a confiança dos consumidores em 2012, disse Pochmann. O Índice de Expectativa das Famílias (IEF) voltou ao nível de janeiro de 2011, aos 67,2 pontos, após atingir o pico de 69,0 pontos em janeiro.
"Houve queda na expectativa das famílias, mas não sabemos avaliar se houve acomodação após uma forte elevação, ou se está relacionada a uma trajetória de queda nas expectativas devido a uma pior evolução na atividade econômica do Brasil", disse Pochmann. Segundo o presidente do Ipea, o governo terá que apresentar novidades para voltar a elevar o otimismo das famílias e, consequentemente, ajudar a aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do País por meio do consumo.
"Para que o comportamento das famílias seja mais ativo no comportamento geral do País são necessárias novidades. Até agora, as medidas tomadas (como o salário mínimo, o corte nos juros e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados) foram suficientes para sustentar o consumo no ano passado. Mas, aparentemente, não são mais suficientes para manter a trajetória de gastos das famílias em 2012", avaliou.
Rio de Janeiro - A confiança no mercado de trabalho é o principal fator que vem sustentando o otimismo das famílias, na avaliação de Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na pesquisa Índice de Expectativas das Famílias (EF), divulgada hoje, 78,6% dos pesquisados declararam que se sentem seguros sobre a situação do responsável pela família em seu emprego.
A fatia dos que se sentiam seguros na ocupação era um pouco maior em janeiro (80,7%), mas atualmente ainda demonstra grande confiança no mercado de trabalho. No entanto, a pesquisa verificou que apenas 38,6% das famílias esperam alguma melhora profissional do responsável pelo domicílio nos próximos seis meses. "A maior parte dos entrevistados acredita que não vai melhorar na ocupação. Eles estão seguros no emprego, mas não percebem possibilidade de melhora na sua renda ou na posição profissional", aponta Pochmann.
O otimismo em relação ao futuro profissional cresce à medida que aumenta o grau de escolaridade e a renda das famílias. Entre os trabalhadores sem escolaridade, apenas 25,9% esperam melhora no emprego. Essa fatia aumenta para 36,8% entre os que têm ensino fundamental completo e para 52,0% entre os que possuem ensino superior incompleto. Quanto à renda, os empregados que recebem entre um e dois salários mínimos são os menos otimistas, apenas 33,2% deles creem em uma melhora profissional. Já os trabalhadores que recebem entre cinco e dez salários mínimos estão mais confiantes: 47,3% deles acreditam em uma evolução na ocupação. "À medida em que aumenta a escolaridade, aumenta a percepção de que é possível ascender profissionalmente. Em relação à renda, também há essa semelhança", notou Pochmann.
Salário
As medidas tomadas pelo governo no segundo semestre do ano passado, como o aumento do salário mínimo, a redução de impostos sobre eletrodomésticos e os cortes na taxa básica de juros, já não são suficientes para sustentar a confiança dos consumidores em 2012, disse Pochmann. O Índice de Expectativa das Famílias (IEF) voltou ao nível de janeiro de 2011, aos 67,2 pontos, após atingir o pico de 69,0 pontos em janeiro.
"Houve queda na expectativa das famílias, mas não sabemos avaliar se houve acomodação após uma forte elevação, ou se está relacionada a uma trajetória de queda nas expectativas devido a uma pior evolução na atividade econômica do Brasil", disse Pochmann. Segundo o presidente do Ipea, o governo terá que apresentar novidades para voltar a elevar o otimismo das famílias e, consequentemente, ajudar a aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do País por meio do consumo.
"Para que o comportamento das famílias seja mais ativo no comportamento geral do País são necessárias novidades. Até agora, as medidas tomadas (como o salário mínimo, o corte nos juros e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados) foram suficientes para sustentar o consumo no ano passado. Mas, aparentemente, não são mais suficientes para manter a trajetória de gastos das famílias em 2012", avaliou.