Confiança do comércio sobe 1,7 ponto em julho ante junho, diz FGV
O índice já recuperou 83% do que foi perdido desde o início do agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de julho de 2020 às 08h39.
Última atualização em 27 de julho de 2020 às 16h31.
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 1,7 ponto na passagem de junho para julho, para 86,1 pontos, a terceira alta consecutiva, informou nesta segunda-feira, 27, a Fundação Getúlio Vargas ( FGV ).
"A confiança do comércio mantém a trajetória de recuperação em julho, porém em ritmo menos intenso.O resultado do mês foi influenciado por mais uma alta do indicador que mede a percepção com o momento presente e acomodação do indicador de expectativas, que tinha avançado mais no último mês.Ainda é preciso cautela na interpretação do resultado, considerando que houve recuperação de apenas 65% do que foi perdido no início da pandemia de coronavírus. Para os próximos meses, persiste o cenário de elevada incerteza e de fragilidade no mercado de trabalho, sugerindo dificuldades na recuperação total do setor", avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 6,4 pontos, para 88 4 pontos, recuperando 83% do que foi perdido desde o início do agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Já o Índice de Expectativas (IECOM) recuou 3 pontos para 84,5 pontos, ainda 22,5 pontos aquém do resultado de fevereiro, no pré-pandemia.
Embora o ISA-COM tenha registrado elevação pelo terceiro mês seguido, a melhora não ocorreu de maneira homogênea entre os segmentos pesquisados, ressaltou a FGV. Desde o início da pandemia, a avaliação sobre a situação atual dos revendedores de bens essenciais (entre eles alimentos, bebidas, remédios, produtos de limpeza e etc.) teve menor impacto e mantém a trajetória ascendente na série em médias móveis trimestrais. Por outro lado, a avaliação sobre o momento atual dos revendedores dos demais bens sofreu um tombo no início da pandemia e mostra agora uma recuperação ainda tímida em médias móveis trimestrais.
A coleta de dados para a edição de julho da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 1º e 23 do mês, com informações de 765 empresas.