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Comunidade internacional repercute acordo entre União Europeia e Mercosul

Pacto fechado entre os dois blocos econômicos nesta sexta-feira (28) começou a ser negociado em 1999; acordo engloba livre comércio de bens e serviços

Mercosul: bloco sul-americano negociou acordo com UE por 20 anos (Mtcurado/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2019 às 16h37.

Última atualização em 28 de junho de 2019 às 16h54.

São Paulo — Líderes e políticos internacionais comemoraram o acordo fechado entre a União Europeia e o Mercosul nesta sexta-feira (28) após 20 anos de negociações. O pacto é o maior firmado pelo bloco sul-americano e abrange o livre comércio de bens, serviços, investimentos e compras governamentais. Confira a repercussão:

O ministro da Fazenda da Argentina , Nicolás Dujovne, comemorou a celebração do acordo comercial em sua conta no Twitter. A autoridade do governo do presidente Mauricio Macri destacou o potencial econômico que a iniciativa pode trazer ao país.

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"A assinatura do acordo Mercosul-UE é um fato histórico", escreveu Dujovne. "O acordo tem um potencial enorme para aumentar os investimentos, fundamental para conseguir um crescimento sustentado, a geração de emprego e a redução da pobreza no nosso país", afirmou ele.

https://twitter.com/NicoDujovne/status/1144657293558079488

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, chamou o desfecho bem-sucedido de "momento histórico" e afirmou que, "no meio de tensões comerciais internacionais", os dois blocos estão emitindo "um forte sinal" em favor do "comércio baseado em regras". "É o maior acordo comercial que a UE já concluiu", celebrou.

Já a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmström, apontou que o tratado "economizará 4 bilhões de euros" em cobranças aduaneiras a empresas europeias, "quatro vezes mais" que o acordo do bloco com o Japão. "(O acordo) também estabelece elevados padrões e um forte quadro para lidarmos conjuntamente com questões como o meio ambiente e direitos trabalhistas, bem como reforçarmos compromissos de desenvolvimento sustentável que já fizemos, por exemplo sob o Acordo de Paris."

No mesmo comunicado, Bruxelas destaca que o acordo comercial birregional cobrirá uma população de 780 milhões de habitantes e "ancorará importantes reformas econômicas e a modernização em curso nos países do Mercosul".

O Comissário para Agricultura e Desenvolvimento Rural da UE, Phil Hogan, disse que o acordo será "justo e equilibrado com oportunidades e benefícios de ambos os lados". "Os nossos produtos agrícolas, distintos e de alta qualidade, terão agora a proteção que merecem nos países do Mercosul, apoiando a nossa posição no mercado e aumentando as nossas oportunidades de exportação", afirmou Hogan, em comunicado divulgado pela Comissão Europeia, após o fechamento do pacto entre os blocos.

O Comissário observou, contudo, que o acordo apresenta também desafios para os agricultores europeus. Segundo ele, a Comissão Europeia estará disponível para ajudar os agricultores a enfrentar esses "desafios". "Para que este acordo seja vantajoso para todos, apenas nos abriremos aos produtos agrícolas do Mercosul com cotas cuidadosamente administradas, para assegurar que não haja risco de que qualquer produto inunde o mercado da UE e, assim, ameace a subsistência dos agricultores da UE", disse Hogan, na nota.

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