Economia

Comissão aprova indicação de Aldo Mendes para o BC

Por Adriana Fernandes e Renata Veríssimo Brasília - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou neste início de tarde a indicação do economista Aldo Mendes para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). O placar da votação foi de 23 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Durante a audiência, […]

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2009 às 13h54.

Por Adriana Fernandes e Renata Veríssimo

Brasília - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou neste início de tarde a indicação do economista Aldo Mendes para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). O placar da votação foi de 23 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Durante a audiência, Mendes respondeu a perguntas sobre as taxas de juros praticadas no País, o atual nível do câmbio e a inflação, entre outros assuntos.

Sobre os juros, o economista afirmou que não se pode comparar as taxas praticadas no Brasil à de outros países. Segundo ele, a Europa e o Japão, por exemplo, têm estruturas produtivas e taxas de poupança diferentes das brasileiras. "Por isso, podem praticar taxas de juros menores e ter o mesmo sucesso", afirmou.

Aldo Mendes evitou, no entanto, responder a uma questão apresentada pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que indagou sobre a possibilidade de BC fazer uma ação contrária ao aumento de gastos do governo para evitar a volta da inflação. "A responsabilidade fiscal está assimilada pela sociedade. O Estado deve gastar aquilo que arrecada", respondeu. Diante da insistência do senador, ele disse que as estatísticas não mostram um desequilíbrio entre receitas e despesas. Mendes citou a arrecadação tributária de outubro, divulgada ontem, que mostra um desempenho melhor que a de setembro.

Em relação ao câmbio, Mendes voltou a defender o regime flutuante. "Essa é uma das variáveis explicativas do nosso modelo econômico. O câmbio deve continuar sendo flutuante", disse. O economista mostrou-se contrário ao modelo chileno, pelo qual o capital especulativo deve permanecer dois anos no país. "Não acredito que seja uma boa política. O capital estrangeiro é bem vindo no Brasil e criar uma barreira como esta poderia ser ruim, porque criaria a mensagem de que não estamos abertos ao capital estrangeiro", afirmou.

 

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