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Com cortes, Exército dos EUA será o menor desde 2ª Guerra

Pentágono vai reduzir orçamento, eliminar o popular avião A-10 e cortar benefícios para atingir meta de redução de gastos

Ministro da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, durante pronunciamento o orçamento do Pentágono, em Washington (Kevin Lamarque/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 18h11.

Washington - O Pentágono disse nesta segunda-feira que vai reduzir o orçamento do Exército dos Estados Unidos para os níveis prévios à Segunda Guerra Mundial, eliminar o popular avião A-10 e cortar benefícios dos militares para poder atingir a meta de redução de gastos para 2015.

O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, ao avaliar o plano do Pentágono para atingir sua nova meta de gastos antes da apresentação formal do orçamento, em 4 de março, antecipou algumas ideias que foram tentadas no passado, mas rejeitadas pelo Congresso ou consideradas impopulares em um ano de eleições legislativas.

Num momento em que os EUA reduzem sua participação na guerra no Afeganistão e esperam cortar bilhões em despesas com defesa, o Pentágono planeja continuar mudando seu foco para a região da Ásia-Pacífico, e não vai mais precisar de um Exército terrestre como o dimensionado atualmente, disse Hagel.

O Departamento de Defesa dos EUA estuda reduzir o tamanho do contingente do Exército para entre 440 mil e 450 mil soldados, disse ele. O Exército tem atualmente 520 mil soldados e planejava ficar com 490 mil no ano que vem.

Uma redução para 450 mil faria do Exército o menor do país desde 1940 -antes de os EUA entrarem na Segunda Guerra -, quando tinha 267,7 mil soldados, de acordo com dados militares. O menor continente depois da Segunda Guerra foi de 479,4 mil em 1999.

A previsão de corte surge no momento em que o Departamento de Defesa está em processo de reduzir os gastos projetados em quase 1 trilhão de dólares num período de dez anos.

Um acordo orçamentário de dois anos fechado em dezembro no Congresso deu ao Pentágono algum alívio em relação aos cortes no orçamento, mas ainda assim o forçou a reduzir as despesas no ano fiscal de 2014 em 30 bilhões de dólares.

O orçamento do Pentágono para o ano fiscal de 2015 é de 496 bilhões de dólares, praticamente o mesmo de 2014, mas menor do que estimado no ano passado.

"Este será o primeiro orçamento a refletir plenamente a transição que o Departamento de Defesa está fazendo depois de 13 anos de guerra, o mais longo conflito na história de nossa nação", declarou Hagel.

"Nós optamos por maiores reduções no contingente e na estrutura da força em cada serviço militar - da ativa e da reserva - para manter nossa prontidão e superioridade tecnológica, e para proteger nossas capacidades críticas", disse ele.

Hagel afirmou ainda que o Pentágono também planeja eliminar a frota de A-10, aviões de suporte aéreo das Forças Armadas que são muito apreciados pelas tropas terrestres, para poder garantir a continuidade do financiamento do novo bombardeiro de longo alcance, o Lockheed Martin F-35 Joint Strike Fighter, e um novo cargueiro de reabastecimento aéreo.

"Esta foi uma decisão difícil", disse ele. "Mas o A-10 é um aparelho de 40 anos, com uma única finalidade, originalmente projetado para destruir tanques inimigos em um campo de batalha da Guerra Fria. Não pode sobreviver ou operar eficazmente onde há aviões mais avançados."

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Washington - O Pentágono disse nesta segunda-feira que vai reduzir o orçamento do Exército dos Estados Unidos para os níveis prévios à Segunda Guerra Mundial, eliminar o popular avião A-10 e cortar benefícios dos militares para poder atingir a meta de redução de gastos para 2015.

O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, ao avaliar o plano do Pentágono para atingir sua nova meta de gastos antes da apresentação formal do orçamento, em 4 de março, antecipou algumas ideias que foram tentadas no passado, mas rejeitadas pelo Congresso ou consideradas impopulares em um ano de eleições legislativas.

Num momento em que os EUA reduzem sua participação na guerra no Afeganistão e esperam cortar bilhões em despesas com defesa, o Pentágono planeja continuar mudando seu foco para a região da Ásia-Pacífico, e não vai mais precisar de um Exército terrestre como o dimensionado atualmente, disse Hagel.

O Departamento de Defesa dos EUA estuda reduzir o tamanho do contingente do Exército para entre 440 mil e 450 mil soldados, disse ele. O Exército tem atualmente 520 mil soldados e planejava ficar com 490 mil no ano que vem.

Uma redução para 450 mil faria do Exército o menor do país desde 1940 -antes de os EUA entrarem na Segunda Guerra -, quando tinha 267,7 mil soldados, de acordo com dados militares. O menor continente depois da Segunda Guerra foi de 479,4 mil em 1999.

A previsão de corte surge no momento em que o Departamento de Defesa está em processo de reduzir os gastos projetados em quase 1 trilhão de dólares num período de dez anos.

Um acordo orçamentário de dois anos fechado em dezembro no Congresso deu ao Pentágono algum alívio em relação aos cortes no orçamento, mas ainda assim o forçou a reduzir as despesas no ano fiscal de 2014 em 30 bilhões de dólares.

O orçamento do Pentágono para o ano fiscal de 2015 é de 496 bilhões de dólares, praticamente o mesmo de 2014, mas menor do que estimado no ano passado.

"Este será o primeiro orçamento a refletir plenamente a transição que o Departamento de Defesa está fazendo depois de 13 anos de guerra, o mais longo conflito na história de nossa nação", declarou Hagel.

"Nós optamos por maiores reduções no contingente e na estrutura da força em cada serviço militar - da ativa e da reserva - para manter nossa prontidão e superioridade tecnológica, e para proteger nossas capacidades críticas", disse ele.

Hagel afirmou ainda que o Pentágono também planeja eliminar a frota de A-10, aviões de suporte aéreo das Forças Armadas que são muito apreciados pelas tropas terrestres, para poder garantir a continuidade do financiamento do novo bombardeiro de longo alcance, o Lockheed Martin F-35 Joint Strike Fighter, e um novo cargueiro de reabastecimento aéreo.

"Esta foi uma decisão difícil", disse ele. "Mas o A-10 é um aparelho de 40 anos, com uma única finalidade, originalmente projetado para destruir tanques inimigos em um campo de batalha da Guerra Fria. Não pode sobreviver ou operar eficazmente onde há aviões mais avançados."

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