Economia

CNI acredita que recessão está no fim

A recessão está chegando ao fim para a indústria, mas ainda não mostra sinais de retomada de crescimento. Esta é a avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da Sondagem Industrial, realizada entre julho e setembro deste ano. A pesquisa qualitativa, realizada com 1.247 empresas, sendo que 215 são de grande porte, avaliou […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h36.

A recessão está chegando ao fim para a indústria, mas ainda não mostra sinais de retomada de crescimento. Esta é a avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da Sondagem Industrial, realizada entre julho e setembro deste ano. A pesquisa qualitativa, realizada com 1.247 empresas, sendo que 215 são de grande porte, avaliou o desempenho do setor com base em um indicador que vai de zero a 100 pontos (valores acima de 50 indicam evolução positiva).

De acordo com os dados, a evolução da atividade industrial permaneceu abaixo dos 50 pontos, em comparação com o segundo trimestre do ano. Ou seja, segundo a CNI, a produção industrial parou de cair, mas ainda não começou a crescer. Entretanto, Os indicadores de produção (48,9) , faturamento (48,5) e número de empregados (48,5 para pequenas e médias empresas e 49,1 para as grandes) mostraram uma relativa estabilidade na produção e nas vendas.

A recessão está chegando ao fim porque os indicadores pararam de piorar , afirmou Flávio Castelo Branco, coordenador de política econômica da CNI à Agência Brasil. Os indicadores do nível de atividade mostram um crescimento da produção, em comparação com o segundo trimestre deste ano, que passou de 43 para 48,9 pontos. O faturamento saiu dos 43,1 pontos para 48,5 e de emprego de 45,8 para 47,6 pontos.

No entanto, os estoques de produtos finais estão acima do planejado, principalmente para as grandes empresas, 57,1 contra 53,2 paras as pequenas e médias. Segundo a CNI, esses indicadores ainda estão altos, isto porque 35% das grandes empresas declararam estar com estoques acima do desejado e menos de 10% abaixo do planejado. No caso das pequenas e médias empresas, o percentual dos que estão com estoques abaixo do planejado ficou em 22%.

Já o indicador de lucratividade cresceu, mas ainda está abaixo dos 50 pontos. Os setores que tiveram maior perda de lucratividade, no trimestre, foram Mobiliário, Madeira, Minerais Não Metálicos e Material Elétrico, com indicadores abaixo de 34 pontos.

Segundo a avaliação do coordenador de política econômica da CNI, Castelo Branco, a sustentação da atividade industrial, nos últimos meses, foi devida às exportações. Outros fatores seriam o aumento sazonal da demanda doméstica e o abrandamento da política monetária, com a queda dos juros em seis pontos percentuais. Temos expectativa de crescimento para os próximos seis meses , afirma. Para ele, a expansão do setor, nos próximos meses, dependerá do aumento de crédito disponível para consumo, com linhas de financiamento e também com queda de juros e liquidez da economia.

A sondagem também pesquisou os principais problemas enfrentados pelas empresas industriais. A carga tributária ficou em primeiro lugar, com 57 pontos para as pequenas e médias e 63 para as grandes empresas. A falta de demanda é o segundo problema mais votado, tanto para as pequenas e médias (45) quanto para as grandes (47). A competição acirrada de mercado teve 40% dos votos, sendo o terceiro maior problema. As informações são da Agência Brasil.

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