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Chrysler pede mais 5 bilhões de dólares ao governo Obama

Em troca, montadora se comprometeu a cortar mais 3.000 vagas e a reduzir a produção

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2009 às 20h31.

Já a Chrysler pediu mais 5 bilhões de dólares em recursos públicos para se reestruturar. Se o pedido for aprovado, a montadora terá elevado para 9 bilhões de dólares o montante recebido do governo para sobreviver. Em dezembro, o Tesouro americano já havia liberado à companhia 4 bilhões de dólares - menos do que os 7 bilhões que a companhia solicitara na ocasião.

Segundo a agência de notícias CNN Money, durante a apresentação do seu plano de reestruturação nesta terça-feira (17/2), a montadora afirmou que devido "a um declínio econômico sem precedentes" e às fracas expectativas de vendas, o volume de recursos necessários para continuar as atividades cresceu. A montadora também afirmou que necessita dos outros 5 bilhões de dólares até o final de março.

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Em troca, a montadora se comprometeu a cortar 3.000 empregos, ou 6% de sua força de trabalho, e a reduzir a capacidade produtiva em 100.000 unidades neste ano, enquanto tenta se ajustar à queda da demanda. A companhia afirma contar com o apoio dos sindicatos e dos credores para implementar o plano.

O prazo para que a Chrysler e a General Motors apresentassem seus programas de reestruturação vence nesta terça. Outra revisão está marcada para 31 de março, quando a força-tarefa designada pelo governo Obama avaliará se os recursos estão sendo bem aplicados e se as montadoras são viáveis no longo prazo.

Em dezembro, o Congresso americano aprovou, após muita polêmica, um pacote de ajuda de 17,4 bilhões de dólares para reerguer a GM e a Chrysler. A Ford, que junto com as duas anteriores, formam o triunvirato do setor automotivo americano, afirmou que não necessita da ajuda do governo por ora. Na ocasião, ficou acertado que a GM receberia 13,4 bilhões, e a Chrysler, 4 bilhões.

"Cataclisma"

Em seu pronunciamento, o presidente do conselho da Chrysler, Robert Nardelli, afirmou que a liberação de novos recursos públicos é o melhor caminho para recuperar a empresa e a economia em geral. O executivo também declarou que o fechamento da companhia seria um "cataclisma" para a indústria de autopeças, o que afetaria a produção de todas as outras montadoras.

Segundo o relatório apresentado por Nardelli, se a Chrysler falisse de fato, e fosse necessário liquidar suas atividades, de 2 a 3 milhões de empregos seriam perdidos nos Estados Unidos, resultando em uma redução de 150 bilhões de dólares na arrecadação de impostos nos próximos três anos.

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