A China, maior importadora de soja do mundo, proibiu mais 15 empresas brasileiras de vender o produto ao país. O site oficial da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, órgão do governo chinês, traz nesta segunda-feira (14/6) nota pela qual 15 tradings que comercializam soja brasileira estão provisoriamente impedidas de distribuir a commodity na China. A justificativa para a suspensão, mais uma vez, é a contaminação de cargas com fungicidas. No total, já são 23 tradings na lista do governo chinês.

O governo brasileiro ainda não foi notificado oficialmente do novo embargo. "O órgão costuma informar à embaixada qualquer caso de quarentena. Mas até agora não recebemos informação oficial sobre o assunto", afirmou o chefe do setor de promoção comercial da embaixada brasileira em Pequim, Mário Ferreira. O Brasil é o segundo maior exportador global de soja, atrás apenas dos Estados Unidos.

Técnicos do Ministério da Agricultura partem para Pequim amanhã e esperam reunir-se com autoridades chinesas na quinta ou sexta-feira. "A situação é grave. Não podemos mais esperar", afirmou hoje o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Maçao Tadano.

Lista negra fica maior

As 15 companhias que entraram na lista hoje são: Bunge Agribusiness Singapore; Adubos Moema Indústria e Comércio; Allicorp Trading e Comercio Exterior; Bunge ALimentos; Coamo Agroindustrial Cooperativa; Cocari Cooperativa Agropecuária e Industrial; Cooperativa Agroindustrial Lar; Cooperativa Agropecuária Castrolanda; Cooperativa Mista Agropecuária Do Brasil-Coopermibra; Fertimourao Agrícola; Glencore Importadora e Exportadora; Lavora Indústria, Comércio Oeste; Peron Ferrari; Comercio de Cereais, Sementes Guerra; e Sumitomo Corporation do Brasil.