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China sinaliza que não mudará política cambial

As autoridades chinesas assinalaram que não estão dispostas a rever sua política cambial tão cedo. Segundo elas, a combinação de diversos fatores, como o crescimento da inflação e as medidas para controlar as trocas comerciais já geraram, neste ano, um efeito equivalente à apreciação de 5% a 8% do yuan, a moeda chinesa. Segundo o […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h52.

As autoridades chinesas assinalaram que não estão dispostas a rever sua política cambial tão cedo. Segundo elas, a combinação de diversos fatores, como o crescimento da inflação e as medidas para controlar as trocas comerciais já geraram, neste ano, um efeito equivalente à apreciação de 5% a 8% do yuan, a moeda chinesa. Segundo o americano The Wall Street Journal, isso reduz as chances de revisão da política de câmbio no curto prazo.

O primeiro sinal foi dado pelo vice-ministro de Finanças da China, Li Yong, durante as reuniões paralelas do Banco de Desenvolvimento da Ásia, na Coréia do Sul. Na segunda-feira (17/5), Yong afirmou que a inflação ao consumidor, em abril, cresceu para 3,1% e que as tarifas e as taxas de crédito incidentes sobre a exportação foram reduzidas. "Combine estes três itens, e o yuan já se apreciou, de fato, de 5% a 8%", disse.

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Ontem (20/5), o diretor do Departamento Internacional do Ministério das Finanças, Zhao Xiaoyu, confirmou as declarações de Yong de que a economia chinesa já se comporta como se o câmbio tivesse sido revisto. A China está reduzindo os impostos sobre exportação, visando ao aumento das vendas. Também cortou os impostos sobre importação, a fim de atender às regras da Organização Mundial do Comércio e diversos acordos bilaterais.

Pequim mantém, durante anos, a política de manter uma taxa fixa do yuan em relação ao dólar, interpretada por alguns como artificialmente baixa. Atualmente, o yuan é negociado a cerca de 8,28 por dólar. Devido à sua posição no comércio mundial e às altas taxas de crescimento da economia, bem como à sua taxa fixa de câmbio, a China é um dos principais pontos da plataforma eleitoral do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, John Kerry. Washington também argumenta que a China deveria adotar uma política cambial flutuante.

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