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China será maior economia em 2022, diz Standard Chartered

Banco britânico critica "pessimismo generalizado" e projeta que participação dos emergentes no PIB mundial vai saltar de 38% para 63% em 2020

China: país caminha para liderar economia global (Getty Images)

João Pedro Caleiro

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 12h52.

São Paulo - A liderança dos Estados Unidos está com os dias contados. A China se tornará a maior economia do mundo já em 2022, mas ainda terá um terço da renda per capita americana, ou o padrão de vida de uma pessoa no Chile atual.

A previsão anterior era 2020 e foi atualizada em um novo relatório de 72 páginas lançado essa semana pela Standard Chartered.

A multinacional britânica surgiu em 1969 pela fusão de dois bancos fundados em meados do século XIX e mais de 90% de sua receita e lucros vem da África, Ásia e Oriente Médio.

Não é por acaso que o foco da análise recai nos emergentes - e com otimismo. O texto avalia que 70% do crescimento mundial entre 2013 e 2030 virá deste grupo, que elevaria sua participação no PIB mundial de 38% para 63% já em 2020.

É citada também uma estimativa da consultoria McKinsey de que a fatia de empresas com sede em países emergentes entre as 500 maiores do mundo vai pular de 17% em 2010 para 45% em 2025. Em 1990, ela era de apenas 5%.

O texto critica o "pessimismo generalizado" e sugere que o mundo pode estar no meio de uma terceira onda de rápido desenvolvimento econômico, comparável aos períodos entre 1870 e 1913 e entre 1946 e 1973. O crescimento estimado entre 2000 e 2030 é de 3,5% ao ano, acima dos 3% registrados entre 1973 e 2000.


Entre as razões para isso estão a urbanização em massa, aumento do investimento, ganhos de eficiência com uma economia cada vez mais conectada e novos acordos bilaterais. O texto lembra que não foram confirmadas as profecias de que a crise de 2008 causaria um aumento generalizado do protecionismo.

A projeção é que o fluxo do comércio mundial quadriplique para 75 trilhões de dólares até 2030. A fatia do comércio Sul-Sul mais que dobraria, dos atuais 18% para 40%.

A ascensão dos emergentes, no entanto, não tem nada de inevitável. Entre os riscos citados estão a "armadilha da renda média", alavancagem excessiva na Ásia e o envelhecimento rápido da população.

Eles também não vão poder contar com o boom das commodities ou com a reprodução de um modelo baseado puramente em exportações: os dois estão definitivamente mortos.

O Brasil é citado entre aqueles que experimentam perda de competitividade e precisam de reformas significativas para atingir seu potencial. A projeção do Standard Chartered é que o PIB brasileiro chegue a US$ 3,9 trilhões em 2020 e US$ 6,3 trilhões em 2030.

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São Paulo - A liderança dos Estados Unidos está com os dias contados. A China se tornará a maior economia do mundo já em 2022, mas ainda terá um terço da renda per capita americana, ou o padrão de vida de uma pessoa no Chile atual.

A previsão anterior era 2020 e foi atualizada em um novo relatório de 72 páginas lançado essa semana pela Standard Chartered.

A multinacional britânica surgiu em 1969 pela fusão de dois bancos fundados em meados do século XIX e mais de 90% de sua receita e lucros vem da África, Ásia e Oriente Médio.

Não é por acaso que o foco da análise recai nos emergentes - e com otimismo. O texto avalia que 70% do crescimento mundial entre 2013 e 2030 virá deste grupo, que elevaria sua participação no PIB mundial de 38% para 63% já em 2020.

É citada também uma estimativa da consultoria McKinsey de que a fatia de empresas com sede em países emergentes entre as 500 maiores do mundo vai pular de 17% em 2010 para 45% em 2025. Em 1990, ela era de apenas 5%.

O texto critica o "pessimismo generalizado" e sugere que o mundo pode estar no meio de uma terceira onda de rápido desenvolvimento econômico, comparável aos períodos entre 1870 e 1913 e entre 1946 e 1973. O crescimento estimado entre 2000 e 2030 é de 3,5% ao ano, acima dos 3% registrados entre 1973 e 2000.


Entre as razões para isso estão a urbanização em massa, aumento do investimento, ganhos de eficiência com uma economia cada vez mais conectada e novos acordos bilaterais. O texto lembra que não foram confirmadas as profecias de que a crise de 2008 causaria um aumento generalizado do protecionismo.

A projeção é que o fluxo do comércio mundial quadriplique para 75 trilhões de dólares até 2030. A fatia do comércio Sul-Sul mais que dobraria, dos atuais 18% para 40%.

A ascensão dos emergentes, no entanto, não tem nada de inevitável. Entre os riscos citados estão a "armadilha da renda média", alavancagem excessiva na Ásia e o envelhecimento rápido da população.

Eles também não vão poder contar com o boom das commodities ou com a reprodução de um modelo baseado puramente em exportações: os dois estão definitivamente mortos.

O Brasil é citado entre aqueles que experimentam perda de competitividade e precisam de reformas significativas para atingir seu potencial. A projeção do Standard Chartered é que o PIB brasileiro chegue a US$ 3,9 trilhões em 2020 e US$ 6,3 trilhões em 2030.

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