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China pressiona por direitos antes de reunião dos Brics

China vai se dedicar a "aperfeiçoar" o papel que os países em desenvolvimento desempenham em assuntos internacionais para lhes dar melhor representação

Xi Jinping: "Vamos apresentar mais propostas chinesas e contribuir com a sabedoria da China" (Ed Jones/AFP)
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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 10h23.

Pequim - A China vai se dedicar a "aperfeiçoar" o papel que os países em desenvolvimento desempenham em assuntos internacionais para lhes dar melhor representação e maior voz, afirmou o presidente Xi Jinping antes da reunião dos Brics em Fortaleza.

A China já começou a fazer isso ao promover bancos de desenvolvimento internacional que ou serão liderados pela China ou terão uma participação chinesa bastante forte, em oposição a instituições dominadas pelo Ocidente como o Banco Mundial.

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Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul devem assinar nesta terça-feira um acordo para o lançamento de um novo banco de desenvolvimento.

Autoridades dos Brics disseram que Xangai deve ser a sede, mas uma autoridade envolvida nas negociações afirmou à Reuters na segunda-feira que ainda não há acordo entre os cinco países sobre a localização.

A China também está planejando um Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura.

Xi, em entrevista com a imprensa sul-americana divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, afirmou que a China tentará desempenhar melhor o papel de importante potência responsável e promover os direitos do mundo em desenvolvimento.

"Vamos... nos dedicar a aperfeiçoar o sistema internacional de governança e pressionar proativamente pela expansão da representação e direito de falar pelos países em desenvolvimento em assuntos internacionais", disse ele.

"Vamos apresentar mais propostas chinesas e contribuir com a sabedoria da China", acrescentou, sem dar mais detalhes.

Mas a China enfrenta grandes suspeitas sobre seus motivos, e também há preocupações dentro dos Brics de que o país pode se aproveitar do novo banco para servir a seus próprios interesses.

Xi aparentemente descartou essas preocupações, afirmando que a China não acredita que está destinada a dominar outros só por causa de sua crescente força.

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