Economia

China nega hipótese de diversificar reserva externa

Por Clarissa Mangueira Pequim - A desvalorização do dólar é uma tendência de longo prazo, mas a China não promoveu nenhuma mudança em sua estratégia para administrar as reservas em moeda estrangeira, apesar de algumas autoridades e economistas defenderem maior diversificação. A declaração foi dada hoje pelo vice-diretor da Administração Estatal de Câmbio do país, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Por Clarissa Mangueira

Pequim - A desvalorização do dólar é uma tendência de longo prazo, mas a China não promoveu nenhuma mudança em sua estratégia para administrar as reservas em moeda estrangeira, apesar de algumas autoridades e economistas defenderem maior diversificação. A declaração foi dada hoje pelo vice-diretor da Administração Estatal de Câmbio do país, Wang Xiaoyi, em meio ao enfraquecimento do dólar.

Altas autoridades chinesas, incluindo o primeiro-ministro Wen Jiabao, manifestaram repetidamente neste ano a preocupação com o dólar, que responde pela maior parte das reservas em moeda estrangeira da China, as maiores do mundo. A China teme que a enorme dívida assumida pelo governo dos EUA para sustentar os gastos com o estímulo à economia possam levar à inflação, afetando o valor das reservas chinesas.

"A composição (das reservas) continua como estava. Não há nenhuma grande mudança", afirmou Xiaoyi, às margens de um fórum econômico. Ele não deu detalhes sobre a composição das reservas, mas disse que elas continuaram a crescer em outubro e novembro, dos US$ 2,27 trilhões no final de setembro - o último mês para os quais os dados oficiais estão disponíveis.

Em seu pronunciamento no fórum, Xiaoyi disse que o órgão regulador continuará a liberalizar a conta de capital, mas também reiterou que serão reforçados o monitoramento dos fluxos de capital e os controles de risco. Na última segunda-feira, numa reportagem do jornal "Economic Information Daily" uma fonte da Comissão de Administração e Supervisão dos Ativos Estatais disse que a crise da Dubai World é uma oportunidade para a China investir parte de suas reservas cambiais em ouro e petróleo. As informações são da Dow Jones.

 

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