Economia

China diz que desafio é reestruturação, não crescimento

Criação de empregos, a limpeza ambiental e aprovação de legislação para flexibilizar orçamentos das províncias mais endividadas são principais objetivos do país


	Zhu Guangyao: "Enfrentamos o desafio da desaceleração econômica. Mas, sinceramente, acredito que o exterior está mais preocupado do que nós estamos com essa desaceleração"
 (AFP)

Zhu Guangyao: "Enfrentamos o desafio da desaceleração econômica. Mas, sinceramente, acredito que o exterior está mais preocupado do que nós estamos com essa desaceleração" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2014 às 20h38.

Nova York - O vice-ministro de Finanças da China, Zhu Guangyao, deixou claro durante a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) que a principal prioridade do país é a reestruturação, e não o crescimento.

"Enfrentamos o desafio da desaceleração econômica. Mas, sinceramente, acredito que o exterior está mais preocupado do que nós estamos com essa desaceleração", afirmou.

Zhu apontou a criação de empregos, a limpeza ambiental e a aprovação de legislação para flexibilizar os orçamentos das províncias mais endividadas como os principais objetivos do governo chinês.

Os comentários de Zhu ecoam os feitos pelo premiê chinês, Li Keqiang, em um encontro de líderes empresariais e políticos na China durante a semana. Ele afirmou que Pequim não recorrerá a novas medidas de estímulo somente para alcançar a meta de crescimento de 7,5% e que está disposto a aceitar alguma flutuação na medida em que o crescimento diminui.

Essa mensagem pode decepcionar investidores que apostaram recentemente que o governo chinês terá que agir para conter a desaceleração econômica. A China divulgará na próxima quarta-feira os números do Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre e muitos economistas estão cortando suas previsões.

Zhu também minimizou as preocupação dos EUA e do FMI com a recente desvalorização do yuan e seu potencial impacto no comércio após a decisão do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) de permitir que a moeda flutue.

Ele afirmou ainda que o Federal Reserve precisa prestar mais atenção no impacto que suas políticas causam no restante do mundo. Segundo ele, a diminuição do programa de compras de bônus do Fed deve afetar a China e o resto do mundo.

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