China cresceu 7,4% em 2014, o nível mais baixo desde 1990
O crescimento econômico chinês no ano passado foi de 7,4% em 2014, o nível mais baixo dos últimos 24 anos
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 17h38.
Pequim - O crescimento econômico da China foi de apenas 7,4% em 2014, o nível mais baixo dos últimos 24 anos, segundo as cifras publicadas pelo Birô Nacional de Estatísticas (BNS).
Trata-se da cifra de crescimento mais baixa desde 1990, quando a atividade econômica chinesa se viu afetada pelas manifestações na Praça de Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim, violentamente reprimidas.
Em 2013, o Produto Interno Bruto havia crescido 7,7%.
As nuvens que ensombreceram o panorama em 2014 ainda não se dissiparam e os dois principais motores de crescimento nos últimos anos - o setor imobiliário e as exportações - continuam esgotados.
O mercado imobiliário está em plena curva descendente devido a um excesso de oferta e as exportações sofrem a diminuição da atividade econômica internacional, particularmente na Europa.
Por outra parte, a demanda interna continua sem brilho e o nível de endividamento público e privado, alimentados por uma "finança obscura" não regulada, causa preocupação.
O governo fixou para 2014 um objetivo de crescimento de 7,5%, resignando-se a deixar para trás os anos de crescimento superiores a 10%.
O governo insiste que deve reequilibrar o modelo econômico para que seja sustentável, pondo limites aos monopólios públicos, às dívidas dos governos locais e à excessiva capacidade industrial, estimulando ao mesmo tempo o consumo interno, apesar de isso implicar moderar o crescimento.
"A economia chinesa registrou um avanço estável, de melhor qualidade, o que constitui a 'nova norma', apesar de uma conjuntura complicada", comentou o chefe do BNS Ma Jiantang.
"Os resultados não são tão ruins. O crescimento para 2014 é superior às últimas expectativas e por muito tempo não atinge o objetivo oficial", afirmou, por sua vez, Liu Li-gang, um analista do banco ANZ.
"No entanto, o governo terá de reduzir seu objetivo para 2015, sem dúvida para 7%", afirmou Liu à AFP, acrescentando que Pequim continuará com sua política monetária ativa.
Em novembro passado, o banco Central chinês (PBOC) baixou inesperadamente as taxas de juros e injetou liquidez no mercado, o que reativou a economia dos últimos dois meses.
Em dezembro, a produção cresceu 7,9% anual, segundo o BNS, e as vendas a varejo a 11,9%.
Em 2015, o PBOC voltará a baixar as taxas de juros para continuar estimulando o crédito, considera a maioria dos especialistas.
FMI
De acordo com o recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), a segunda maior economia do planeta manterá em 2015 sua trajetória de desaceleração, fundamentalmente devido a uma redução dos investimentos, uma tendência que se manterá até 2016.
O FMI reduziu nesta terça-feira em 0,3 ponto percentual sua previsão de crescimento da China para 2015, cujo PIB deve avançar 6,8%, o mais baixo registrado no país nos últimos 25 anos.
Em outubro passado, o Fundo havia antecipado um crescimento de 7,1% em 2015, o menor nível desde 1990, mas que se mantinha acima dos 7%. Para 2016, o FMI prevê um crescimento ainda mais moderado para os padrões chineses, de 6,3%.
"O crescimento dos investimentos na China caiu no terceiro trimestre de 2014, e os indicadores apontam para baixo", assinala o relatório do Fundo.
O FMI acrescentou que "se prevê que as autoridades darão mais ênfase na redução das vulnerabilidades geradas pelo recente crescimento rápido do crédito e dos investimentos".
Esta drástica desaceleração do crescimento chinês é de tal magnitude que seus efeitos serão sentidos em todas as economias emergentes da Ásia.
O Fundo também revisou para baixo suas previsões de crescimento global para 2015 e 2016, apesar do impulso proporcionado pela queda dos preços do petróleo.
Segundo as novas previsões do FMI, o PIB mundial avançará 3,5% este ano e 3,7% em 2016, com uma redução de 0,3 ponto em relação aos percentuais anunciados em outubro passado para os dois anos.
População | 164 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 25 anos |
PIB (dólares) | 105,4 bilhões |
Acordos comerciais | Ásia-Pacífico, Sul da Ásia |
Exportações | UE (51,2%), EUA (25,7%), India (4%), Canada (3,5%), China (1,7%) |
População | 14 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 22 anos |
PIB (dólares) | 11,4 bilhões |
Acordos comerciais | Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Coréia do Sul e China |
Exportações | EUA (45,2%), Hong Kong (19,3%), UE (17,4%), Canadá (6,7%), Vietnã (3,9%) |
População | 1,1 bilhão de habitantes |
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Idade (média) | 25 anos |
PIB (dólares) | 1,4 trilhão |
Acordos comerciais | Sul da Ásia, Mercosul, Afeganistão, Butão, Chile, Coreia do Sul, Nepal, Cingapura e Sri Lanka |
Exportações | UE (20,5%), Emirados Árabes (14,4%), EUA (10,8%), China (5,9%), Hong Kong (4%) |
População | 233 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 28 anos |
PIB (dólares) | 695 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Coreia do Sul e China |
Exportações | Japão (15,9%), UE (11,7%), China (9,9%), EUA (9,3%), Cingapura (8,8%) |
População | 28 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 26 anos |
PIB (dólares) | 219 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Coreia do Sul e China |
Exportações | Cingapura (14%), China (12,2%), EUA (11%), UE (10,9%), Japão (9,8%) |
População | 173 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 21 anos |
PIB (dólares) | 174,8 bilhões |
Acordos comerciais | Sul da Ásia, China, Irã, Malásia, Ilhas Maurício, Sri Lanka |
Exportações | UE (24,6%), EUA (18,3%), Emirados Árabes (8,8%), Afeganistão (7,8%), China (5,7%) |
População | 20 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 31 anos |
PIB (dólares) | 48,2 bilhões |
Acordos comerciais | Sul da Ásia, Ásia-Pacífico, Índia, Paquistão |
Exportações | União Europeia (36,9%), EUA (23,1%), Índia (5,1%), Emirados Árabes (3,1%), Rússia (2,7%) |
População | 68 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 33 anos |
PIB (dólares) | 312,6 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, China, Japão, Laos, Nova Zelândia, Coreia do Sul |
Exportações | UE (11,9%), EUA (10,9%), China (10,6%), Japão (10,3%), Hong Kong (6,2%) |
População | 94 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 23 anos |
PIB (dólares) | 189,1 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, China, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul |
Exportações | UE (20,7%), EUA (17,7%), Japão (16,2%), Hong Kong (8,4%), China (7,6%) |
População | 88 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 29 anos |
PIB (dólares) | 102 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, China, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul |
Exportações | EUA (19%), UE (17,4%), Japão (13,5%), China (7,7%), Austrália (6,9%) |