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13% dos reajustes salariais foram parcelados, diz Dieese

Crise econômica fez com que a maioria dos empregadores parcelassem os reajustes salariais dos funcionários em 2015

Reajuste salarial: proporção de reajustes parcelados é quase o dobro da observada em 2014 e mais que o triplo da registrada em 2008. (.)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2016 às 13h42.

São Paulo - Diante das dificuldades financeiras decorrentes da crise econômica , aumentou o número de empresas que negociaram com os empregados no ano passado o pagamento dos ajustes dos salários em duas ou mais parcelas.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese ), 90 das 708 negociações analisadas, ou cerca de 13% do total, recorreram a este mecanismo para conseguir reajustar os salários dos trabalhadores.

Segundo o Dieese, a proporção é quase o dobro da observada em 2014 e mais que o triplo da registrada em 2008, ano que abrigou o auge da crise financeira global.

Reajustes escalonados

Também foi observado o aumento na proporção dos reajustes escalonados, aqueles pagos em valores diferenciados segundo faixas salariais definidas em negociação. "Em 2015, quase um quarto dos ajustes foi pago de forma escalonada", afirmam os técnicos do Dieese.

Quanto ao pagamento do abono salarial, o Dieese não observou mudanças significativas. Cerca de 7% das negociações analisadas em 2015 concederam abono salarial, um porcentual próximo ao verificado nos últimos anos.

Setores

As negociações salariais do setor industrial foram as mais prejudicadas no ano passado pela crise econômica, relata o balanço das negociações acompanhadas pelo Dieese.

De todas as negociações feitas no âmbito da indústria brasileira, apenas 45% resultaram em ganhos reais incorporados aos salários.

O levantamento aponta que 36% das negociações fecharam com reajuste igual ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 11,2%, e 19% ficaram abaixo do indicador de inflação.

No comércio, segundo observam os analistas do Dieese, as negociações coletivas foram um pouco mais favoráveis aos trabalhadores, com 53% delas tendo obtido ganhos reais. 32% foram reajustadas pela variação do INPC e apenas 15% fecharam com reajustes abaixo da inflação.

Mas foi no segmento de serviços que se percebeu a maior proporção de aumentos reais, à razão de 62% das negociações. Por outro lado, foram observadas perdas reais em um patamar próximo da indústria: 18%. Os reajustes iguais à inflação ocorreram em 20% das negociações.

"Nos três setores as perdas e os ganhos reais foram, em sua maioria, de pouca magnitude, com valores muito próximos à variação da inflação medida pelo INPC, com a ressalva de que, no comércio, cerca de 22% dos reajustes analisados do setor resultaram em ganhos da ordem entre 1% e 2% acima da inflação", afirmam os técnicos do Dieese.

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São Paulo - Diante das dificuldades financeiras decorrentes da crise econômica , aumentou o número de empresas que negociaram com os empregados no ano passado o pagamento dos ajustes dos salários em duas ou mais parcelas.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese ), 90 das 708 negociações analisadas, ou cerca de 13% do total, recorreram a este mecanismo para conseguir reajustar os salários dos trabalhadores.

Segundo o Dieese, a proporção é quase o dobro da observada em 2014 e mais que o triplo da registrada em 2008, ano que abrigou o auge da crise financeira global.

Reajustes escalonados

Também foi observado o aumento na proporção dos reajustes escalonados, aqueles pagos em valores diferenciados segundo faixas salariais definidas em negociação. "Em 2015, quase um quarto dos ajustes foi pago de forma escalonada", afirmam os técnicos do Dieese.

Quanto ao pagamento do abono salarial, o Dieese não observou mudanças significativas. Cerca de 7% das negociações analisadas em 2015 concederam abono salarial, um porcentual próximo ao verificado nos últimos anos.

Setores

As negociações salariais do setor industrial foram as mais prejudicadas no ano passado pela crise econômica, relata o balanço das negociações acompanhadas pelo Dieese.

De todas as negociações feitas no âmbito da indústria brasileira, apenas 45% resultaram em ganhos reais incorporados aos salários.

O levantamento aponta que 36% das negociações fecharam com reajuste igual ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 11,2%, e 19% ficaram abaixo do indicador de inflação.

No comércio, segundo observam os analistas do Dieese, as negociações coletivas foram um pouco mais favoráveis aos trabalhadores, com 53% delas tendo obtido ganhos reais. 32% foram reajustadas pela variação do INPC e apenas 15% fecharam com reajustes abaixo da inflação.

Mas foi no segmento de serviços que se percebeu a maior proporção de aumentos reais, à razão de 62% das negociações. Por outro lado, foram observadas perdas reais em um patamar próximo da indústria: 18%. Os reajustes iguais à inflação ocorreram em 20% das negociações.

"Nos três setores as perdas e os ganhos reais foram, em sua maioria, de pouca magnitude, com valores muito próximos à variação da inflação medida pelo INPC, com a ressalva de que, no comércio, cerca de 22% dos reajustes analisados do setor resultaram em ganhos da ordem entre 1% e 2% acima da inflação", afirmam os técnicos do Dieese.

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