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Cepea: Colheita de café robusta do Brasil deve superar estimativa oficial

Clima mais propício deve auxiliar em colheita superior à estimada, de 13,7 milhões de sacas de 60 kg de café robusta, se aproximando dos 15 milhões de sacas

Café: colheita da safra brasileira 2018/19 está próxima do fim no Espírito Santo (Jose Roberto Gomes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 31 de julho de 2018 às 16h15.

São Paulo - Com o clima favorável em boa parte da safra, a colheita de café robusta que se encaminha para o final no Brasil deverá superar as previsões oficiais, na avaliação de agentes ouvidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

"Para agentes, o clima mais propício nesta temporada deve auxiliar em uma colheita superior à estimada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de 13,7 milhões de sacas de 60 kg de café robusta, se aproximando dos 15 milhões de sacas no país", disse o centro da Esalq/USP em análise nesta terça-feira.

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Isso representaria um aumento importante frente à produção de 10,72 milhões de sacas de 2017, quando o setor ainda sentia os efeitos de uma severa seca no Espírito Santo, principal produtor brasileiro de robusta.

A colheita de café robusta da safra brasileira 2018/19 está próxima do fim no Espírito Santo. Segundo colaboradores do Cepea, as atividades no Estado deverão ser praticamente finalizadas entre esta e a próxima semanas.

Apesar disso, as negociações no físico permanecem em baixo ritmo, acrescentou o centro da USP. As cotações internas da variedade têm sido pressionadas pelo recuo no mercado externo, cenário que afasta vendedores do mercado, reduzindo a liquidez interna, segundo o Cepea.

Na segunda-feira, o indicador do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a 321,29 reais/saca de 60 kg, queda de 3,4 por cento frente à semana anterior.

O clima segue favorecendo a colheita do café arábica no Brasil, acrescentou o Cepea.

Até a última semana, tanto em Garça (SP) como no Sul de Minas, a colheita atingia de 60 a 70 por cento do total. No Cerrado Mineiro, os trabalhos estavam próximos dos 60 por cento da produção esperada. Já na Zona da Mata, após os atrasos iniciais devido às chuvas, as atividades começam a ganhar mais ritmo, sendo que o volume colhido se aproximava dos 50 por cento.

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