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Catar planeja venda de até US$ 5 bi em títulos soberanos

O maior exportador de gás natural liquefeito do mundo buscará captar até US$ 5 bilhões com uma venda planejada de títulos ainda neste mês, segundo executivos

Catar: HSBC, o Deutsche Bank, o Barclays, o Bank of America e o Bank of Tokyo Mitsubishi estão entre os bancos que ajudarão a organizar a venda, disseram fontes (Sean Gallup/GETTY IMAGES)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 19h29.

O Catar, maior exportador de gás natural liquefeito do mundo, buscará captar até US$ 5 bilhões com uma venda planejada de títulos ainda neste mês, segundo três executivos de bancos familiarizados com a operação.

As finanças do país foram prejudicadas pelos preços do setor de energia .

O HSBC, o Deutsche Bank, o Barclays, o Bank of America e o Bank of Tokyo Mitsubishi estão entre os bancos que ajudarão a organizar a venda, disseram dois dos executivos, que pediram anonimato porque a informação é privada. A emissão provavelmente será realizada em várias parcelas, disseram as pessoas informadas a respeito.

Essa seria a primeira venda do Catar desde 2011 e segue o exemplo do emirado vizinho de Abu Dabi, que na semana passada captou US$ 5 bilhões com a venda de títulos de cinco e 10 anos. O país do Golfo Pérsico possui a terceira maior classificação de grau de investimento da Standard & Poor’s.

Os governos do Conselho de Cooperação do Golfo, que é formado por seis nações e inclui as duas maiores economias árabes, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, estão recorrendo aos mercados para captar fundos depois que os preços do petróleo caíram pela metade e acabaram gerando déficits orçamentários maiores. O Catar estima que registrará um déficit orçamentário de 46,5 bilhões de riyals (US$ 13 bilhões) neste ano e provavelmente eliminará a diferença vendendo dívidas locais e internacionais, disse o ministro das Finanças, Ali Al Emadi, segundo declarações atribuídas a ele pela Qatar News Agency em dezembro.

A S&P Global mudou as perspectivas de três bancos do Catar para negativas em meio ao declínio dos preços da energia e à desaceleração da economia, segundo uma nota de maio da agência de classificação. As carteiras de empréstimos dos bancos serão pressionadas pelas crescentes perdas de crédito e pelo enfraquecimento da geração de lucros, segundo a empresa.

“A queda aguda dos preços do petróleo nos últimos 18 meses prejudicou as perspectivas de crescimento econômico do Catar, assim como seus níveis de riqueza”, disse a S&P Global.

Os yields dos títulos do governo do Catar para 2022 deram o maior salto em 10 dias, subindo 2 pontos-base, para 2,498 por cento, às 14h52 em Doha, segundo dados compilados pela Bloomberg. O yield do título para 2030 subia 1 ponto-base.

O porta-voz do Ministério das Finanças e do governo do Catar não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. Porta-vozes do Barclays, do HSBC, do Deutsche Bank e do Bank of America preferiram não comentar. O Bank of Tokyo Mitsubishi preferiu não comentar imediatamente.

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O Catar, maior exportador de gás natural liquefeito do mundo, buscará captar até US$ 5 bilhões com uma venda planejada de títulos ainda neste mês, segundo três executivos de bancos familiarizados com a operação.

As finanças do país foram prejudicadas pelos preços do setor de energia .

O HSBC, o Deutsche Bank, o Barclays, o Bank of America e o Bank of Tokyo Mitsubishi estão entre os bancos que ajudarão a organizar a venda, disseram dois dos executivos, que pediram anonimato porque a informação é privada. A emissão provavelmente será realizada em várias parcelas, disseram as pessoas informadas a respeito.

Essa seria a primeira venda do Catar desde 2011 e segue o exemplo do emirado vizinho de Abu Dabi, que na semana passada captou US$ 5 bilhões com a venda de títulos de cinco e 10 anos. O país do Golfo Pérsico possui a terceira maior classificação de grau de investimento da Standard & Poor’s.

Os governos do Conselho de Cooperação do Golfo, que é formado por seis nações e inclui as duas maiores economias árabes, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, estão recorrendo aos mercados para captar fundos depois que os preços do petróleo caíram pela metade e acabaram gerando déficits orçamentários maiores. O Catar estima que registrará um déficit orçamentário de 46,5 bilhões de riyals (US$ 13 bilhões) neste ano e provavelmente eliminará a diferença vendendo dívidas locais e internacionais, disse o ministro das Finanças, Ali Al Emadi, segundo declarações atribuídas a ele pela Qatar News Agency em dezembro.

A S&P Global mudou as perspectivas de três bancos do Catar para negativas em meio ao declínio dos preços da energia e à desaceleração da economia, segundo uma nota de maio da agência de classificação. As carteiras de empréstimos dos bancos serão pressionadas pelas crescentes perdas de crédito e pelo enfraquecimento da geração de lucros, segundo a empresa.

“A queda aguda dos preços do petróleo nos últimos 18 meses prejudicou as perspectivas de crescimento econômico do Catar, assim como seus níveis de riqueza”, disse a S&P Global.

Os yields dos títulos do governo do Catar para 2022 deram o maior salto em 10 dias, subindo 2 pontos-base, para 2,498 por cento, às 14h52 em Doha, segundo dados compilados pela Bloomberg. O yield do título para 2030 subia 1 ponto-base.

O porta-voz do Ministério das Finanças e do governo do Catar não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. Porta-vozes do Barclays, do HSBC, do Deutsche Bank e do Bank of America preferiram não comentar. O Bank of Tokyo Mitsubishi preferiu não comentar imediatamente.

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