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Casa Branca anuncia detalhes de proposta de infraestrutura de US$ 1,2 tri

O governo dos Estados Unidos indicou que os gastos federais em um primeiro momento têm um valor de US$ 579 bilhões na proposta

Estados Unidos: Biden "trabalhará com o Congresso para desenvolver a Estrutura de Infraestrutura Bipartidária em uma legislação que avance em conjunto (Brandon Bell/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de junho de 2021 às 16h47.

Última atualização em 24 de junho de 2021 às 16h48.

A proposta de um pacote de infraestrutura acordada nesta quinta-feira, 24, entre a Casa Branca e parlamentares tem um valor total de US$ 1,2 trilhão, distribuídos ao longo de oito anos, com US$ 312 bilhões voltados ao setor de transportes.

Em comunicado, o governo dos Estados Unidos indicou que os gastos federais em um primeiro momento têm um valor de US$ 579 bilhões na proposta, que serão acrescidos com o passar dos anos caso aprovados no Congresso.

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Entre as formas de financiamento do pacote anunciadas pela Casa Branca, estão a diminuição nas desigualdades no pagamento de impostos, a realocação de verbas não utilizadas durante o ano de 2020, a venda "estratégica" de reservas de petróleo e parcerias público privadas.

O plano envolve dois terços das somas que o presidente Joe Biden havia proposto anteriormente, e engloba uma visão mais abrangente de infraestrutura, um ponto de discussão entre democratas e republicanos. Transporte limpo, água limpa, banda larga universal, energia limpa e resiliência às mudanças climáticas são algumas das "infraestruturas" que o comunicado destacou.

"O presidente Biden acredita que estamos em um ponto de inflexão entre a democracia e a autocracia", diz o documento. Desta forma neste "momento de nossa história", o democrata "acredita que devemos demonstrar ao mundo que a democracia americana pode ajudar", indica o comunicado.

Biden "trabalhará com o Congresso para desenvolver a Estrutura de Infraestrutura Bipartidária em uma legislação que avance em conjunto, e ele está animado com o fato de a Câmara e o Senado estarem trabalhando em planos orçamentários que o façam", diz o comunicado.

Biden não garante aval do Congresso

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou na tarde desta quinta-feira, 24, um acordo bipartidário entre um grupo de dez senadores democratas e republicanos por um pacote de investimentos em infraestrutura. Durante entrevista coletiva, Biden admitiu que conseguiu apoio da oposição republicana para apenas parte de sua agenda nessa frente, mas disse que pretende aprovar o pacote e tentar unir seu Partido Democrata para garantir também outros pontos, como mais investimentos no setor de educação.

De acordo com comunicado da Casa Branca, o pacote com apoio bilateral é de US$ 1,2 trilhão. Biden elogiou o papel que a iniciativa pode ter na geração de empregos e também para aumentar a competitividade do país. Segundo ele, autocracias, como a Rússia ou a China, têm realizado grandes investimentos, portanto as democracias precisam ser capazes de competir nessa frente.

"O acordo significa milhões de empregos bem pagos", afirmou Biden. Segundo ele, o acordo fechado entre os senadores dos dois partidos trata apenas de "infraestrutura física", como investimentos em transportes. Mas o presidente disse querer também investir em "infraestrutura humana", como em educação ou combate a mudanças climáticas. Como não há consenso com a oposição nesse ponto, ele disse que pretende conseguir apoio de todos os democratas para tentar aprovar medidas nessa frente ainda assim. Ele afirmou que deseja trabalhar com legisladores em propostas para energia limpa e também para reduzir impostos para as famílias.

Biden admitiu que o acordo anunciado hoje pode não se concretizar, tendo ainda que tramitar no Congresso e ser apoiado pelo número mínimo de legisladores em cada Casa. Ele disse que "não tem como garantir" que o pacote será concretizado e previu que será preciso ainda bastante trabalho de cooperação com essa finalidade.

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