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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.
As projeções de especialistas sobre a carga tributária no Brasil mostram que o céu não é o limite. No primeiro trimestre deste ano, a receita com tributos totalizou o equivalente a 41,23% do PIB brasileiro. A projeção foi divulgada, nesta segunda-feira, pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
Ao contrário do pífio crescimento econômico do país, a carga tributária bateu novo recorde , afirma Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT. Tradicionalmente, diz Amaral, o indicador atinge o maior nível no primeiro trimestre do ano em razão da retração econômica e da concentração de tributos que vencem no período, como IPVA, IPTU e Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.
Mesmo assim, o dado assusta por ser o maior percentual dos últimos três anos. No primeiro trimestre de 2000, a relação tributos/PIB era de 36,74%. Os tributos que mais contribuíram para a alta da receita tributária afetam o empresariado: ICMS, Cofins, INSS, Pis/Pasep. Em termos nominais, o ICMS arrecadou R$ 4,72 bilhões; a Cofins, R$ 3,70 bilhões; o INSS, R$ 2,01 bilhões, e o Pis/Pasep, R$ 1,61 bilhão.
Antes de fecharmos a apuração do 1º trimestre de 2003, projetávamos uma carga tributária para este ano da ordem de 37% a 37,5% do PIB , afirma o presidente do IBPT. Agora, o instituto prevê que a carga ficará em 38,52% do PIB. A projeção foi construída imaginando que o Produto Interno Bruto crescerá 2,3% - expectativa otimista se comparada à de bancos e consultorias econômicas.
CARGA TRIBUTÁRIA/PIB | |
1º TRIM/2000 |
36,74%
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1º TRIM/2001 |
38,02%
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1º TRIM/2002 |
39,06%
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1º TRIM/2003 |
41,23%
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