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Canal de Suez, no Egito, registra receita anual recorde de US$ 5,5 bilhões

A economia do Egito foi duramente atingida por distúrbios que se seguiram a uma revolta popular de 2011, que derrubou o líder de longa data Hosni Mubarak

Barco e navio no Canal de Suez, no Egito (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Vanessa Barbosa

Publicado em 17 de junho de 2018 às 13h46.

Cairo - A receita egípcia do Canal de Suez para o ano fiscal de 2017-2018 cresceu 11,5 por cento, para um recorde de 5,585 bilhões de dólares, disse a autoridade do canal em um comunicado divulgado no domingo.

A receita no ano anterior foi de 5,008 bilhões de dólares, disse o comunicado.

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O exercício financeiro ainda não terminou, no entanto. O ano fiscal do Egito vai de 1º de julho até o final de junho.

A autoridade do canal não explicou por que divulgou números antes do final do ano fiscal.

No sábado, foi anunciado o aumento de receita em maio e a previsão de um resultado anual recorde, atribuído ao aumento do comércio internacional e às melhorias no setor naval.

O Egito, sob o presidente Abdel Fattah al-Sisi, investiu em uma expansão do Canal de Suez, que começou em 2014, um dos megaprojetos do ex-comandante militar para reavivar uma economia em dificuldades e restaurar o status do país como um importante centro comercial.

A economia do Egito foi duramente atingida por distúrbios que se seguiram a uma revolta popular de 2011, que derrubou o líder de longa data Hosni Mubarak.

Críticos apontaram alguns projetos, incluindo a expansão de Suez, como um desperdício de dinheiro.

Cairo também está impondo uma série de severas medidas de austeridade, vinculadas a um empréstimo de US $ 12 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que alguns economistas dizem estar ajudando a recuperar a economia, mas que atingem duramente os cidadãos egípcios.

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