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Bundesbank: resgate da Espanha deve ter condições amplas

As condições do empréstimo do Eurogrupo para recapitalizar os bancos espanhóis desencadearam uma polêmica na Espanha, onde a oposição teme medidas de austeridade

O presidente do banco central alemão, Jens Weidmann: "agradeço o fato de que o Governo espanhol já não espere um apoio econômico sem condições" (Daniel Roland/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 09h39.

Madri - O resgate da Espanha deve ser acompanhado de condições amplas, considerou o presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira pelo El País, afirmando que Madri já não espera uma ajuda financeira sem condições.

As condições do empréstimo do Eurogrupo para recapitalizar os bancos espanhóis, que pode alcançar 100 bilhões de euros, desencadearam uma polêmica na Espanha, onde a oposição teme novas medidas de austeridade, enquanto o governo assegura que apenas o setor financeiro será envolvido.

"Agradeço o fato de que o Governo espanhol já não espere um apoio econômico sem condições. Estas devem ser um elemento fundamental de qualquer ajuda econômica", afirmou o presidente do Bundesbank.

"Devido à interconexão dos diferentes âmbitos políticos, acredito que as condições serão amplas" para a Espanha, acrescentou.

Segundo Weidmann, "a impressão de que este é um resgate sem condições fora do sistema financeiro já está corroendo o compromisso com os termos dos programas atuais".

Assim, "em Irlanda e Portugal existe um debate sobre o relaxamento das condições, e na Grécia também está ganhando impulso", acrescentou, descartando a possibilidade de renegociar a ajuda internacional à Grécia por considerar que seria uma estratégia perigosa.

"Insistir em solucionar os problemas estruturais perpetuará a crise, e a reação do mercado reflete esta preocupação", assegurou em um momento em que os juros da dívida de Espanha e Itália disparam.

Em sua opinião, "uma solução integral inclui mais reformas e soluções em diversos âmbitos".

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As condições do empréstimo do Eurogrupo para recapitalizar os bancos espanhóis, que pode alcançar 100 bilhões de euros, desencadearam uma polêmica na Espanha, onde a oposição teme novas medidas de austeridade, enquanto o governo assegura que apenas o setor financeiro será envolvido.

"Agradeço o fato de que o Governo espanhol já não espere um apoio econômico sem condições. Estas devem ser um elemento fundamental de qualquer ajuda econômica", afirmou o presidente do Bundesbank.

"Devido à interconexão dos diferentes âmbitos políticos, acredito que as condições serão amplas" para a Espanha, acrescentou.

Segundo Weidmann, "a impressão de que este é um resgate sem condições fora do sistema financeiro já está corroendo o compromisso com os termos dos programas atuais".

Assim, "em Irlanda e Portugal existe um debate sobre o relaxamento das condições, e na Grécia também está ganhando impulso", acrescentou, descartando a possibilidade de renegociar a ajuda internacional à Grécia por considerar que seria uma estratégia perigosa.

"Insistir em solucionar os problemas estruturais perpetuará a crise, e a reação do mercado reflete esta preocupação", assegurou em um momento em que os juros da dívida de Espanha e Itália disparam.

Em sua opinião, "uma solução integral inclui mais reformas e soluções em diversos âmbitos".

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