Brics destacam progresso da economia em declaração final
"Nós estamos em um momento no qual a recuperação da economia global está progredindo (...), mas o crescimento é mais frágil que o esperado", ressaltou o grupo
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2016 às 12h20.
Panaji, Índia — A 8ª cúpula de chefes de Estado e de governo dos Brics - grupo formado por Brasil, Rússia , Índia , China e África do Sul - apresentou neste domingo sua declaração final na qual os países destacam o "progresso" da economia global, mas também alertaram que o mesmo é mais "frágil" que o esperado.
"Nós estamos em um momento no qual a recuperação da economia global está progredindo (...), mas o crescimento é mais frágil que o esperado", ressaltou o grupo no texto da declaração final, que foi assinada no estado de Goa, no oeste da Índia.
Os Brics destacaram que, por trás da falta de crescimento, estão "os persistentes riscos para a economia global", como conflitos regionais, o terrorismo, o fluxo de refugiados e a incerteza da situação no Reino Unido depois que o mesmo decidiu deixar a União Europeia (UE).
Além disso, os países do grupo enfatizaram a importância da "solidariedade" e da "cooperação" entre si, baseada em "interesses comuns".
A declaração foi assinada pelo anfitrião, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e os presidentes de Brasil, Michel Temer; Rússia, Vladimir Putin; China, Xi Jinping, e África do Sul, Jacob Zuma.
Os líderes também insistiram na necessidade de dar passos concretos para que os países em desenvolvimento possuam mais capacidade de representação.
Entre esse passos, os Brics pediram que os países europeus cumpram sua promessa de ceder dois assentos no órgão executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"A reforma do FMI deveria fortalecer a representação e a voz dos integrantes mais pobres do Fundo, entre eles a África Subsaariana", opinou o grupo na declaração.
Essa inclusão também foi reivindicada para a Organização Mundial do Comércio (OMC), à qual o grupo pediu um funcionamento "transparente e não discriminatório", mas manifestou seu apoio a esse sistema de comércio multilateral, além dos mecanismos regionais.
Outro ponto importante da declaração final dos Brics foi sua condenação total "do terrorismo em todas as suas formas e manifestações", uma posição impulsionada pela Índia.
"Condenamos de maneira enérgica os ataques recentes contra alguns países dos Brics, incluído esse na Índia", ressaltaram os países na declaração final, que, no entanto, não contou com uma advertência concreta contra o Paquistão, como pretendia o anfitrião Modi.
De acordo com o texto, os Brics insistiram que "não pode haver justificativa em absoluto para qualquer ato de terrorismo, seja baseado em razões ideológicas, religiosas, políticas, raciais ou outras".
A Índia buscava apoio para pressionar o Paquistão em um novo momento de baixa em suas relações bilaterais após o último incidente ocorrido há algumas semanas com a entrada de insurgentes, supostamente oriundos do território paquistanês, para realizar um atentado contra uma base militar na região indiana da Caxemira.
Panaji, Índia — A 8ª cúpula de chefes de Estado e de governo dos Brics - grupo formado por Brasil, Rússia , Índia , China e África do Sul - apresentou neste domingo sua declaração final na qual os países destacam o "progresso" da economia global, mas também alertaram que o mesmo é mais "frágil" que o esperado.
"Nós estamos em um momento no qual a recuperação da economia global está progredindo (...), mas o crescimento é mais frágil que o esperado", ressaltou o grupo no texto da declaração final, que foi assinada no estado de Goa, no oeste da Índia.
Os Brics destacaram que, por trás da falta de crescimento, estão "os persistentes riscos para a economia global", como conflitos regionais, o terrorismo, o fluxo de refugiados e a incerteza da situação no Reino Unido depois que o mesmo decidiu deixar a União Europeia (UE).
Além disso, os países do grupo enfatizaram a importância da "solidariedade" e da "cooperação" entre si, baseada em "interesses comuns".
A declaração foi assinada pelo anfitrião, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e os presidentes de Brasil, Michel Temer; Rússia, Vladimir Putin; China, Xi Jinping, e África do Sul, Jacob Zuma.
Os líderes também insistiram na necessidade de dar passos concretos para que os países em desenvolvimento possuam mais capacidade de representação.
Entre esse passos, os Brics pediram que os países europeus cumpram sua promessa de ceder dois assentos no órgão executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"A reforma do FMI deveria fortalecer a representação e a voz dos integrantes mais pobres do Fundo, entre eles a África Subsaariana", opinou o grupo na declaração.
Essa inclusão também foi reivindicada para a Organização Mundial do Comércio (OMC), à qual o grupo pediu um funcionamento "transparente e não discriminatório", mas manifestou seu apoio a esse sistema de comércio multilateral, além dos mecanismos regionais.
Outro ponto importante da declaração final dos Brics foi sua condenação total "do terrorismo em todas as suas formas e manifestações", uma posição impulsionada pela Índia.
"Condenamos de maneira enérgica os ataques recentes contra alguns países dos Brics, incluído esse na Índia", ressaltaram os países na declaração final, que, no entanto, não contou com uma advertência concreta contra o Paquistão, como pretendia o anfitrião Modi.
De acordo com o texto, os Brics insistiram que "não pode haver justificativa em absoluto para qualquer ato de terrorismo, seja baseado em razões ideológicas, religiosas, políticas, raciais ou outras".
A Índia buscava apoio para pressionar o Paquistão em um novo momento de baixa em suas relações bilaterais após o último incidente ocorrido há algumas semanas com a entrada de insurgentes, supostamente oriundos do território paquistanês, para realizar um atentado contra uma base militar na região indiana da Caxemira.