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Brexit faz empresas movimentarem 1 trilhão de euros em ativos para a UE

Além das companhias, milhares de funcionários serão realocados para Irlanda, Luxemburgo, França, Alemanha e Holanda

Impacto da saída do Reino Unido do bloco está sendo maior do que o esperado (Viktoria Rodriguez/EyeEm/Getty Images)
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EFE

Publicado em 14 de março de 2019 às 10h04.

Londres - Mais de 275 companhias financeiras estão movimentando ativos e recursos avaliados em 925 bilhões de libras (1,07 trilhão de euros), além de milhares de empregados, do Reino Unido para outros países da União Europeia (UE) devido ao " Brexit ".

De acordo com um relatório publicado nesta segunda-feira pelo "think tank" New Financial - um dos mais detalhados até o momento sobre o impacto do "Brexit" nos serviços financeiros - o país que lidera o novo destino desses recursos é a Irlanda.

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Cerca de 100 empresas se mudarão para Dublin, 60 para Luxemburgo, 41 para Paris, 40 para Frankfurt e 32 para Amsterdã.

Quase 90% das empresas que decidiram se mudar para Frankfurt são bancos. Por outro lado, dois terços das que escolheram a Holanda são plataformas de operação, mais conhecidas como "brokers".

O "think tank" identificou, além disso, 5 mil funcionários que serão deslocados para as novas sedes da empresa.

O fundador e diretor da New Financial, William Wright, disse que o impacto da saída do bloco está sendo maior do que o esperado em Londres. E as previsões são que isso deve piorar.

"As empresas vão continuar fugindo de Londres para a UE e cada vez mais haverá atividades contratadas por filiais locais", explicou.

A movimentação reduzirá a influência do Reino Unido sobre os bancos e as finanças europeias, além de provocar quedas na arrecadação tributária recebida pelo país no setor.

A amplitude das realocações, combinada com os convênios assinados entre os reguladores britânicos e o bloco, fizeram que essa indústria estivesse "bem preparada" para "qualquer forma" de "Brexit", com acordo ou não.

O estudo conclui que Londres seguirá sendo o centro financeiro dominante em um futuro próximo, mas outras cidades europeias disputarão essa liderança com a capital britânica no futuro.

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