Economia

Brexit "desordenado" pode afetar economia americana, diz presidente do Fed

Em reunião, líder do Fed alertou sobre exposição dos fundos norte-americanos aos bancos europeus

Jerome Powell: incertezas sobre a transição em matéria de regulação financeira "aumentariam a importância de encontrar soluções para evitar uma crise" (Alex Wong/Getty Images)

Jerome Powell: incertezas sobre a transição em matéria de regulação financeira "aumentariam a importância de encontrar soluções para evitar uma crise" (Alex Wong/Getty Images)

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AFP

Publicado em 16 de outubro de 2018 às 18h58.

Última atualização em 16 de outubro de 2018 às 19h00.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, se mostrou preocupado nesta terça-feira, 16, com o impacto negativo que um "Brexit desordenado" poderia ter sobre a economia americana.

Em uma reunião da Junta de Estabilidade Financeira (FSOC, na sigla em inglês) em Washington, o líder do Fed alertou que embora os bancos norte-americanos tenham "pouca exposição" às entidades do Reino Unido, a exposição de seus fundos aos bancos europeus era "mais significativa".

Isso sugere que, "no caso de uma desaceleração da economia europeia" após o Brexit, "os bancos (americanos) poderia ser indiretamente afetados", alertou Powell.

Ao enfatizar que as negociações de saída do Reino Unido eram "um processo extremamente complexo", Powell alertou que as "incertezas" sobre a transição em matéria de regulação financeira "aumentariam a importância de encontrar soluções eficientes para evitar uma crise de estabilidade financeira".

O encontro do organismo criado depois da crise de 2008 que reúne todas as autoridades de regulamentação financeira dos Estados Unidos, o subsecretário do Tesouro encarregado das relações internacionais, David Malpass, também se mostrou preocupado com um impacto negativo do Brexit nos mercados financeiros.

"Queremos estar seguros de que o contágio em caso de um Brexit 'duro' possa ser controlado para manter a estabilidade financeira", afirmou.

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