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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.
O brasileiro não é tão otimista quanto se imagina - pelo menos do ponto de vista econômico. Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (30/5) pela Cetelem Brasil mostra que, entre um grupo de 12 nacionalidades, o brasileiro tem uma das visões mais críticas em relação ao futuro econômico de seu país.
Em uma escala de zero a dez, o Brasil recebeu nota 4,7, atrás apenas de países como Itália (4,6), Eslováquia (4,4), Polônia (3,7) e Portugal (3,0). Entre os 1.200 brasileiros entrevistados, 26% se declararam entusiasmados ou otimistas com relação ao futuro da economia. Na Europa, esse número é de 33%.
A Cetelem é a empresa de crédito ao consumo do grupo francês BNP Paribas. No Brasil, oferece cartões do tipo "co-branded" com grandes varejistas, como Fnac e Carrefour.
A pesquisa também avaliou os hábitos de consumo dos brasileiros, revelando que os gastos essenciais no Brasil somam 512,59 reais ao mês. Nessa cesta, estão incluídas as compras de supermercado (298,61 reais); energia elétrica (61,67 reais) e remédios (34,79 reais) - os itens mais caros da lista.
Quanto maior o valor do produto, maior é a propensão do brasileiro em parcelar o pagamento. De forma geral, 30% se declararam "propensos" a parcelar suas compras, independentemente do valor do bem.
De acordo com a Cetelem, a pesquisa ajudou a derrubar alguns "mitos". Um deles é o de que o Brasil seja uma "Belíndia", ou seja, dividido em dois grupos, de ricos e pobres. Tal descrição, diz o estudo, não considera a classe C - que tem um peso importante na economia brasileira. A pesquisa mostra que esta classe é composta por 34% da população, e possui uma renda disponível (fora os gastos essenciais) de 122,34 reais.