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Brasil tem déficit primário de R$16,1 bi, pior valor para julho

Com o desempenho do mês passado, o rombo primário em 12 meses subiu a 2,66 por cento do Produto Interno Bruto

Banco Central: diante do quadro de deterioração das contas públicas, há duas semanas o governo anunciou metas de déficit primário maiores (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 11h30.

São Paulo - O Brasil registrou déficit primário de 16,138 bilhões de reais em julho, recorde para o mês, em meio ao cenário de receitas em queda diante da fraca atividade econômica, evidenciando as dificuldades que o governo terá para cumprir sua meta fiscal neste ano.

Com o desempenho do mês passado, o rombo primário em 12 meses subiu a 2,66 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta quarta-feira, somando 170,520 bilhões de reais. Pesquisa Reuters com analistas mostrou que, pela mediana, as projeções eram de déficit primário de 17,2 bilhões de reais em julho.

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Diante do quadro de deterioração das contas públicas, há duas semanas o governo anunciou metas de déficit primário maiores, de 159 bilhões de reais para 2017 e 2018. Antes, os objetivos eram de 139 bilhões e 129 bilhões de reais, respectivamente.

Assim, esse será o quarto ano seguido que o país não conseguirá fazer economia para pagar juros da dívida pública.

Segundo o BC, o mau desempenho de julho veio sobretudo do governo central (governo federal, BC e INSS), com déficit primário de 13,977 bilhões de reais, acima do rombo de 11,853 bilhões de um ano antes. Só com a Previdência, o saldo ficou negativo em 13,517 bilhões de reais no mês passado.

Os governos regionais (Estados e municípios) também ficaram no vermelho em julho, com déficit de 2,652 bilhões de reais, enquanto as empresas estatais fizeram pequeno superávit primário de 491 milhões de reais.

Com isso, ainda segundo o BC, o setor público consolidado fechou julho com resultado nominal --receitas menos despesas, incluindo pagamento de juros da dívida pública-- negativo em 44,620 bilhões de reais.

Com rombos fiscais, a dívida bruta do país foi a 73,8 por cento do PIB em julho, enquanto que a líquida ficou em 50,1 por cento. No mês anterior, elas estavam em 73,1 e 48,7 por cento do PIB, respectivamente.

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