Brasil será grande exportador agroalimentar, diz FAO-OCDE
Segundo informe conjunto das entidades, o Brasil continuará sendo um dos maiores exportadores agroalimentares do mundo na próxima década, apesar dos riscos
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2015 às 21h18.
Paris - Na próxima década, o Brasil continuará sendo um dos maiores exportadores agroalimentares do mundo, apesar dos riscos, em particular ligados à demanda de importações da China , diz um informe conjunto da FAO e da OCDE , publicado na quarta-feira.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) dedicam boa parte de seu relatório, "Perspectivas agrícolas 2015-2024", à produção agrícola e à indústria agroalimentar brasileira.
"Nos próximos dez anos, o Brasil deve continuar sendo um dos maiores provedores dos mercados alimentícios e agrícolas do mundo, e continuará respondendo ao mesmo tempo às necessidades de sua população cada vez mais numerosa e próspera", afirma.
Contudo, as duas organizações afirmam que "os principais riscos associados a essas perspectivas otimistas se referem aos resultados macroeconômicos do Brasil, o ritmo das reformas estruturais e os fatores exógenos, entre eles a demanda de importações da China".
O relatório lembra que, embora o Brasil exporte seus produtos a 180 países, o essencial dessas exportações vai para um pequeno número deles.
"Enquanto, em 2000, a China era o 11º importador de produtos agrícolas brasileiros, com 3% das exportações totais, em 2013 ocupava o primeiro lugar, com cerca de 20,5 bilhões de dólares, quer dizer 23% do total", explica.
Perspectivas positivas
O relatório faz um balanço da situação atual do setor no Brasil, avalia as perspectivas e os riscos para os próximos dez anos, e propõe estratégias em matéria de investimento e produtividade.
"As perspectivas da agricultura brasileira continuam sendo positivas apesar de uma possível desaceleração do crescimento econômico", destaca.
"Os principais desafios concernem ao crescimento da produtividade e da produção, velando ao mesmo tempo pela viabilidade ecológica e o respeito dos objetivos nacionais em matéria de redução da pobreza e das desigualdades", disse o relatório.
A OCDE e a FAO afirmam que o crescimento agrícola previsto no Brasil pode ser alcançado de modo sustentável, embora a oferta adicional continuará se dando mais pela maior produtividade do que pelo crescimento de um determinado setor.
A pressão sobre os recursos naturais pode ser mitigada através de iniciativas de conservação e proteção do meio ambiente, entre as quais se incluem medidas de apoio ao desenvolvimento de práticas de cultivo sustentáveis, a transformação de terras de cultivo naturais e degradadas em pastos e a integração sustentável dos sistemas agrícolas e pecuários.
Em nível mundial, o relatório indica que o aumento da produção graças aos melhores rendimentos na Ásia, na Europa e na América do Norte, e a conquista de novas terras agrícolas na América do Sul, conjugados com a queda do preço do petróleo, que incide nos custos dos fertilizantes e da energia, contribuem para o apaziguamento dos mercados agrícolas.
Estima por isso que os preços dos produtos agrícolas continuarão, na próxima década, a queda registrada há dois anos, graças à melhora do rendimento, embora não se descarte um "choque grave" que podem provocar as variações possíveis dos rendimentos (ligados ao clima), do preço do petróleo e do crescimento econômico.
Paris - Na próxima década, o Brasil continuará sendo um dos maiores exportadores agroalimentares do mundo, apesar dos riscos, em particular ligados à demanda de importações da China , diz um informe conjunto da FAO e da OCDE , publicado na quarta-feira.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) dedicam boa parte de seu relatório, "Perspectivas agrícolas 2015-2024", à produção agrícola e à indústria agroalimentar brasileira.
"Nos próximos dez anos, o Brasil deve continuar sendo um dos maiores provedores dos mercados alimentícios e agrícolas do mundo, e continuará respondendo ao mesmo tempo às necessidades de sua população cada vez mais numerosa e próspera", afirma.
Contudo, as duas organizações afirmam que "os principais riscos associados a essas perspectivas otimistas se referem aos resultados macroeconômicos do Brasil, o ritmo das reformas estruturais e os fatores exógenos, entre eles a demanda de importações da China".
O relatório lembra que, embora o Brasil exporte seus produtos a 180 países, o essencial dessas exportações vai para um pequeno número deles.
"Enquanto, em 2000, a China era o 11º importador de produtos agrícolas brasileiros, com 3% das exportações totais, em 2013 ocupava o primeiro lugar, com cerca de 20,5 bilhões de dólares, quer dizer 23% do total", explica.
Perspectivas positivas
O relatório faz um balanço da situação atual do setor no Brasil, avalia as perspectivas e os riscos para os próximos dez anos, e propõe estratégias em matéria de investimento e produtividade.
"As perspectivas da agricultura brasileira continuam sendo positivas apesar de uma possível desaceleração do crescimento econômico", destaca.
"Os principais desafios concernem ao crescimento da produtividade e da produção, velando ao mesmo tempo pela viabilidade ecológica e o respeito dos objetivos nacionais em matéria de redução da pobreza e das desigualdades", disse o relatório.
A OCDE e a FAO afirmam que o crescimento agrícola previsto no Brasil pode ser alcançado de modo sustentável, embora a oferta adicional continuará se dando mais pela maior produtividade do que pelo crescimento de um determinado setor.
A pressão sobre os recursos naturais pode ser mitigada através de iniciativas de conservação e proteção do meio ambiente, entre as quais se incluem medidas de apoio ao desenvolvimento de práticas de cultivo sustentáveis, a transformação de terras de cultivo naturais e degradadas em pastos e a integração sustentável dos sistemas agrícolas e pecuários.
Em nível mundial, o relatório indica que o aumento da produção graças aos melhores rendimentos na Ásia, na Europa e na América do Norte, e a conquista de novas terras agrícolas na América do Sul, conjugados com a queda do preço do petróleo, que incide nos custos dos fertilizantes e da energia, contribuem para o apaziguamento dos mercados agrícolas.
Estima por isso que os preços dos produtos agrícolas continuarão, na próxima década, a queda registrada há dois anos, graças à melhora do rendimento, embora não se descarte um "choque grave" que podem provocar as variações possíveis dos rendimentos (ligados ao clima), do preço do petróleo e do crescimento econômico.